Após voltar de segundo “circuit breaker”, Ibovespa registra queda de 16,4%
Entre as maiores quedas estão as ações da companhia aérea Azul, os papéis do frigorífico JBS e a da estatal Petrobras
A quinta-feira de pânico permanece mesmo após a segunda suspensão dos negócios. A bolsa de valores aprofunda a queda e está com baixa de 16,4%, a 71194.91 pontos, às 12:51. Entre as ações que estão mais sofrendo estão as de companhias aéreas e da empresa de turismo CVC.
A crise no mercado financeiro ainda não tem hora para acabar. No fim da manhã e pela segunda vez no dia, o pregão na bolsa de valores de São Paulo, a B3, foi paralisado por conta da redução de 15,4% no Ibovespa, principal índice da bolsa, a 72026.68 pontos. Foi a primeira vez que ocorreram duas paralisações no mesmo dia desde 2008.
No início da manhã, o mercado abriu como o esperado após uma série de notícias negativas. Em menos de 25 minutos de pregão, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, abriu com queda de 11,65%, retornando ao patamar de 75.247 pontos. Por isso, pela terceira vez na semana, a B3 acionou o mecanismo de circuit breaker, que paralisa os negócios por 30 minutos a fim de acalmar os ânimos do mercado.
Nos Estados Unidos, um dos principais índices de Nova York, o S&P 500, recuava 7,02% por volta das 10h40 e foi anunciado o circuit breaker de 15 minutos na Bolsa de Nova York.
O principal motivo para uma nova paralisação do mercado foi o anúncio de suspensão de viagens da Europa para os Estados Unidos realizado pelo presidente americano Donald Trump na noite da quarta-feira (11).
“Nós vamos suspender todas as viagens da Europa aos Estados Unidos nos próximos 30 dias. As novas regras entrarão em vigor a partir da meia-noite de sexta-feira”, disse Trump em um pronunciamento transmitido desde o Salão Oval. A medida não afeta residentes legais e familiares diretos de cidadãos americanos.
Entre as maiores baixas do dia estão a da companhia aérea Azul (-31,2%), o frigorífico JBS (-22,2%) e a locadora de automóveis Localiza (-20,4%). A Petrobras também abriu com uma forte queda, de 20,4%.
A instabilidade global também foi sentida pelo real. O dólar chegou a superar o recorde R$ 5 na manhã desta quinta-feira, mas reduzia a alta após ação do Banco Central. Às 10:34 estava cotado a R$ 4,90.