Mercado aumenta projeção para inflação pela 8ª semana vê queda menor para o PIB
Segundo o relatório, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 2,05% para 2,12%
Os economistas do mercado financeiro aumentaram, pela 8ª semana consecutiva, suas projeções para a inflação e melhoraram a previsão para a queda do PIB em 2020.
Os números são do relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (05) pelo Banco Central. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.
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Segundo o relatório, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 2,05% para 2,12%. Para 2021, porém, a projeção teve uma leve queda de 3,01% para 3,00%.
Já as previsões para PIB tiveram, mais uma vez, uma pequena melhora em relação à semana anterior. A projeção de queda para a economia brasileira saiu de 5,04% para 5,02%.
Com a melhora nas previsões, reflexo de resultados positivos em alguns indicadores macroeconômicos recentes, a projeção do mercado se mantém alinhada à previsão do Banco Central, que espera recuo de 5% da atividade. A estimativa oficial da equipe econômica, permanece em queda de 4,7%.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, já afirmou que a contração da atividade econômica será abaixo do patamar dos 4%.
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda projetem que a economia brasileira despenque 8% e 9,1%, respectivamente. Por outro lado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) melhorou, na semana passada, a previsão de recessão da economia brasileira para 6,5%, ante 7,4% previsto anteriormente.
A recessão econômica deste ano reflete os impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma retração.
Inflação
Já as expectativas para o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saltaram de 2,05% para 2,12%. Há quatro semanas, por exemplo, a expectativa para a inflação era de 1,78%.
Segundo o BC, a meta de inflação a ser perseguida é de 4% em 2020 e 3,75% em 2021, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%.
A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic, atualmente na mínima histórica, a 2% ao ano.
Selic
A estimativa para a taxa básica de juros se manteve estável e no patamar de 2%. Para o ano que vem, os economistas esperam uma taxa de 2,50%, mesmo valor das últimas três semanas.
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