Ações da EcoRodovias podem pegar a estrada rumo à alta – e subir até 90%
a volta das concessões de rodovias em 2021 pode trazer um futuro ainda melhor para a empresa – e ela estará capitalizada para isso, segundo analistas
Se as pessoas ficaram enclausuradas durante a pandemia, para as festas de fim de ano o que não falta é vontade de viajar. E esse movimento já está sendo visto nos últimos meses – para a comemoração da EcoRodovias (ECOR3), responsável pelo sistema Anchieta/Imigrantes, e dos seus acionistas. O terceiro trimestre já mostrou uma boa recuperação.
Em veículos pesados, a EcoRodovias apresentou uma alta de 5% entre agosto e outubro. Porém, os veículos leves ainda tiveram uma redução de 11%. Com isso, o faturamento da companhia foi de R$ 771 milhões no período, 19,2% em comparação ao trimestre anterior e uma redução de 1,5% em relação ao apresentado em 2019.
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Segundo analistas, mesmo com a queda, é algo a se comemorar. E também são dados suficientes que justificam a compra das ações. A corretora Mirae Asset, por exemplo acredita em uma alta de 52% no ano. Já o Safra acredita em valorização de, ao menos, 50%. O BTG Pactual aposta em uma alta de mais de 60% em doze meses. O Bradesco é ainda mais otimista: alta de 89% em relação ao fechamento do último dia 4 de novembro.
Por isso, não foi à toa que a ação da companhia foi o destaque do pregão da quinta-feira (5). Os números acima de esperado do tráfego, o lucro de R$ 71 milhões e as contas em dia ajudaram a ação da companhia subir quase 8%. Mas, no ano, a empresa ainda acumula queda de 30%.
Além disso, a volta das concessões de rodovias em 2021 pode trazer um futuro melhor para a empresa, na opinião da Mirae para o médio e longo prazo.
“Esperamos um volume maior de licitações e relicitações de trechos rodoviárias, o que poderá gerar um maior crescimento para a EcoRodovias, caso seja vencedora”, escreveram os analistas Fernando Bresciani e Pedro Galdi, da Mirae.
Para o Bradesco, durante o terceiro trimestre, a empresa implantou uma série de medidas bem sucedidas para preservar o seu caixa, como o adiamento de pagamentos de impostos federais, benefícios com o BNDS, aumentou o uso de pagamento por NFC nos pedágios, entre outros.
A empresa também deve fazer uma capitalização no ano que vem o que, no fim das contas, segundo o Bradesco, pode dar um poder de fogo de R$ 6 bilhões para a companhia buscar novas concessões.
Uma recuperação mais acelerada já deve ser vista no quarto trimestre, com a retomada mais robusta das viagens a turismo por via terrestre – afinal, ainda não se sabe o quanto as companhias aéreas podem sofrer com uma eventual segunda onda da Covid-19. E os passageiros também ainda estão preocupados.
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