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    Preço do diesel sobe 5% nos postos após fim de isenção de tributos

    Para frear aumentos, Bolsonaro editou decreto no início de março que zerou por dois meses o PIS/Cofins sobre o combustível

    Caminhão cruz a divisa entre Goiás e Distrito Federal (22.ago.2014)
    Caminhão cruz a divisa entre Goiás e Distrito Federal (22.ago.2014) Foto: Pedro França/Agência Senado

    Gabriel Araujo, da Reuters

    O preço médio do diesel nos postos de combustíveis do Brasil registrou forte alta na última semana, a primeira desde o fim de uma isenção de impostos federais sobre o produto, mostrou pesquisa publicada nesta sexta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

    De acordo com o levantamento da reguladora, o valor do combustível mais usado do país disparou 5% em relação à semana anterior, atingindo média de 4,405 reais por litro, patamar sem precedentes na pesquisa da agência, que remete pelo menos até o final de fevereiro.

    O movimento ocorre após o fim do prazo pelo qual vigorou um decreto editado no início de março pelo presidente Jair Bolsonaro, que zerou por dois meses as alíquotas do PIS/Cofins incidentes sobre o óleo diesel, visando conter as sucessivas altas dos preços do produto.

    Antes, Bolsonaro havia demitido o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em meio a divergências sobre a política de preços da estatal, que leva em conta fatores como cotação internacional do petróleo e a taxa de câmbio.

    Além do diesel, a pesquisa semanal da ANP também apontou para aumentos nos preços da gasolina e do etanol.

    O valor médio da gasolina comum atingiu 5,515 reais por litro, alta de 0,9% na comparação semanal, enquanto o biocombustível –seu concorrente nas bombas– subiu 2,1% no período, a 3,99 reais/litro.

    A Petrobras, agora comandada pelo general Joaquim Silva e Luna, não promoveu reajustes nos preços dos combustíveis em suas refinarias nesta semana, após ter anunciado um corte de 2% nos valores de diesel e gasolina na semana passada.

    Os preços nos postos, porém, não acompanham necessariamente e de imediato os valores nas refinarias, e dependem de uma série de fatores, incluindo impostos, mistura de biocombustíveis e margens de distribuição.