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    Mercados de câmbio permanecerão apostando na queda do dólar após eleição nos EUA

    Trinta e nove de 60 analistas disseram que o resultado da eleição será o principal condutor do dólar nas próximas semanas e não a disseminação do coronavírus

    Na pesquisa realizada entre 27 de outubro e 2 de novembro, quase 70% dos analistas disseram que as posições vendidas em dólar permanecerão as mesmas ou aumentarão mais depois da eleição
    Na pesquisa realizada entre 27 de outubro e 2 de novembro, quase 70% dos analistas disseram que as posições vendidas em dólar permanecerão as mesmas ou aumentarão mais depois da eleição Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters (20.03.2019

    Hari Kishan e Rahul Karunakar, da Reuters

    As apostas contra o dólar devem persistir ou mesmo aumentar na sequência da eleição presidencial nos Estados Unidos nesta terça-feira, apesar do nervosismo junto com o crescimento nos casos de coronavírus, mostrou pesquisa da Reuters.

    Depois de ser negociado em faixas estreitas durante grande parte de outubro, a moeda norte-americana subiu para máxima de quatro semanas na sexta-feira diante dos temores de que o resultado da eleição será contestado nos tribunais, bem como receios de danos econômicos com renovados lockdowns na Europa.

    Os operadores reduziram as apostas em posições vendidas no dólar na última semana, de acordo com dados da Commodity Futures Trading Commission. Mas as apostas contra a moeda norte-americana superaram aquelas a favor por 31 semanas seguidas e isso deve continuar.

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    Na pesquisa realizada entre 27 de outubro e 2 de novembro, quase 70% dos analistas, ou 29 de 42, disseram que as posições vendidas em dólar permanecerão as mesmas ou aumentarão mais imediatamente depois da eleição. Apenas 13 disseram que elas vão diminuir.

    “A movimentação do dólar depende obviamente da eleição, mas o que está pegando é…o terreno tão pequeno que o dólar conseguiu ganhar e, esse recuo é visto por muitos investidores como uma oportunidade de vender dólares”, disse Steve Englander, chefe de pesquisa global de câmbio do G10 no Standard Chartered.

    Trinta e nove de 60 analistas disseram que o resultado da eleição será o principal condutor do dólar nas próximas semanas e não a disseminação do coronavírus, mesmo que os EUA liderem o mundo em infecções diárias.

    Pouco menos da metade dos entrevistados, 25 de 57, disseram que uma reeleição de Donald Trump junto com a continuidade de um Senado republicano– visto como improvável segundo pesquisas– é o resultado que levará a um dólar mais forte.

    A pesquisa mais ampla da Reuters com mais de 70 entrevistados mostrou que os estrategistas de câmbio esperam que o dólar enfraqueça contra a maioria das principais moedas no próximo ano.

    “O posicionamento em dólar permanece bastante voltando para território vendido pelos padrões históricos, mas dada a centralidade do risco da eleição dos EUA há certamente mais espaço para que essas posições vendidas sejam reconstruídas no dólar em um resultado eleitoral amigável ao mercado”, disse Francesco Pesole, estrategista de câmbio do ING.

    O democrata Joe Biden lidera nas pesquisas de opinião nacionais e uma vitória dele e um senado democrata provavelmente afetarão o dólar, em parte pelas expectativas de um pacote de estímulo fiscal grande e rápido.

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