Movimento em bares e restaurantes do Rio cresce 40% durante o Carnaval
Crescimento do fluxo foi registrado em estabelecimentos localizados em bairros mais turísticos e boêmios, como Copacabana, Ipanema e Leblon
As aglomerações e as festas clandestinas flagradas pela CNN durante o feriado de Carnaval no Rio de Janeiro repercutiram também em um aumento no fluxo de pessoas que frequentaram bares e restaurantes localizados na capital fluminense.
O levantamento feito pelo Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio) aponta um crescimento de 40% no movimento do público nesses estabelecimentos durante o carnaval. A pesquisa, divulgada nessa quinta-feira (18), levou em consideração o mesmo período do mês passado.
De acordo com os dados, os bares e restaurantes que mais registraram movimento durante as datas comemorativas foram os estabelecimentos localizados em bairros mais turísticos e boêmios, como Copacabana, Ipanema e Leblon, na Zona Sul da cidade.
Após denúncias feitas pela CNN contra bares e restaurantes, a prefeitura do Rio já realizou mais de sete mil inspeções sanitárias durante o Carnaval para evitar aglomerações no município. Até o momento, agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) multaram 423 estabelecimentos por não seguir as regras de ouro contra a Covid-19.
O presidente do SindRio, Fernando Blower, afirmou que a procura do público pelos bares foi um alento para a categoria, já que o setor havia registrado em dezembro o pior desempenho desde o início da pandemia. Ele, entretanto, condena as aglomerações.
“Precisamos entender a diferença da área pública para o espaço privado. Os donos dos bares e restaurantes seguem corretamente todas as medidas sanitárias, mas quando as pessoas se aglomeram na rua, não temos o que fazer”, afirmou Blower.
Centro do Rio fica vazio
Em contrapartida, os bares e restaurantes localizados em bairros mais comerciais da capital fluminense registraram, até o momento, uma queda durante o período de Carnaval, segundo o levantamento.
O fluxo de pessoas no Centro do Rio de Janeiro teve uma redução de 50% no movimento durante o período de carnaval. “As poucas pessoas que ainda vão presencialmente trabalhar no Centro, já que muitos estão em home office, não foram trabalhar no feriado”, destacou o presidente do SindRio.