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    Home office é praticamente restrito a brancos do Sudeste com ensino superior

    Estudo do Ipea diz que três quartos (76%) das pessoas que estão trabalhando em casa têm graduação e dois terços (65%) são brancos

    Raphael Coraccini, colaboração para o CNN Brasil Business

    Apesar de o auxílio emergencial protelar uma queda de renda que pode ser vertiginosa entre as classes mais vulneráveis, a desigualdade social foi ainda mais escancarada durante o período de isolamento.

    A população que conseguiu se proteger em casa e não precisou sair para trabalhar nos últimos meses é majoritariamente branca, com ensino superior e mora nos estados brasileiros de maior renda, revela estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 

    O levantamento chamado “O trabalho remoto e a pandemia: a manutenção do status quo de desigualdade de renda no país” diz que três quartos (76%) das pessoas que estão trabalhando em home office têm graduação e dois terços (65%) são brancos.

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    Falando especificamente de regiões, a mais rica do país, o Sudeste, foi a que mais colocou pessoas em regime de trabalho remoto: 58,4% de todos os trabalhadores que estão trabalhando em casa moram na região.

    Os números apontam também que a possibilidade de se resguardar do coronavírus enquanto trabalha está quase toda reservada para quem tem emprego formal, cerca de 84%, o que equivale a 6,4 milhões de pessoas, enquanto os informais em home office são 1,2 milhão (15,9%).

    Esses 7,6 milhões de brasileiros que trabalharam em casa em outubro por conta da pandemia representam apenas 9% do total de trabalhadores do País, mas respondem por 18% dos rendimentos totais. O número é menor que o registrado no mês anterior, quando o home office era praticado por 10,7% das pessoas ocupadas, que detinham 20% da massa de rendimentos.

    Setores

    Quem mais mandou trabalhadores para o sistema remoto proporcionalmente foi o setor de serviços, que respondeu por 44,3% do total de profissionais que conseguiram atuar em casa durante o mês de outubro.

    O setor público deteve 38,4% da massa de trabalhadores. A indústria detém apenas 7% e o comércio respondeu por 4,9% dos isolados.

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