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    Capitalização da Eletrobras é maneira mais branda de tocar assunto, diz Lira

    A redução da fatia da União no controle na empresa foi o modelo escolhido pelo governo na Medida Provisória de desestatização da estatal

    Anne Warth e Daniel Weterman, da Agência Estado

     

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que a capitalização da Eletrobras é a maneira mais branda de dar andamento ao processo de privatização da companhia.

    A redução da fatia da União no controle na empresa foi o modelo escolhido pelo governo na Medida Provisória de desestatização da estatal. Lira disse que a Câmara deve entregar rapidamente um texto “negociado e discutido” sobre a MP de privatização da Eletrobras e sobre o projeto de lei de modernização dos Correios.

     

    Lira adiantou que “dificilmente” textos de MPs saem do Congresso da mesma forma como foram enviados pelo Executivo e lembrou que a proposta para a Eletrobras, diferentemente da maioria das MPs, não tem força de lei na data de sua publicação, mas apenas autoriza a contratação de estudos pelo BNDES sobre a companhia.

    “Se a MP da Eletrobras não for aprovada, não terá validade como outras MPs”, disse. Ainda nesta semana, ele disse que vai designar o deputado Gil Cutrim (PDT-MA) como relator do projeto que abre possibilidade para privatizar os Correios.

    Lira voltou a dizer ser contra o lockdown geral como medida de combate à pandemia da covid-19 e afirmou ser favorável a um equilíbrio que considere a realidade de cada região. “Lockdown de 100% é loucura, mas lockdown zero é irracionalidade”, afirmou o presidente da Câmara. “Defender lockdown geral e misturar com processo político é errado.”

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