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    Airbus continua com plano de aumentar produção de aviões

    Viagens aéreas domésticas estão se recuperando na China e nos Estados Unidos, enquanto as internacionais devem permanecer fracas por algum tempo, diz Airbus

    Este é o avião conceito turboélice ZEROe
    Este é o avião conceito turboélice ZEROe Foto: Divulgação

    Por Tim Hepher, da Reuters

     A Airbus confirmou nesta quinta-feira (29) planos de aumentar a produção de seus aviões mais vendidos, à medida que as companhias aéreas começam uma irregular recuperação de voos, apesar dos retrocessos na Europa e de uma onda de infecções que piora rapidamente na Índia.

    Mostrando uma recuperação mais forte do que o esperado no lucro do primeiro trimestre, o presidente-executivo da Airbus, Guillaume Faury, afirmou que as viagens aéreas domésticas estão se recuperando na China e nos Estados Unidos, enquanto as internacionais devem permanecer fracas por algum tempo.

    “A falta de coordenação das medidas tomadas principalmente na Europa está levando a uma situação de viagens muito pior por lá do que em outros mercados comparáveis”, disse Faury. “Essa é uma preocupação e um obstáculo para a recuperação do setor de aviação.”

    A Índia, um dos maiores mercados da Airbus, é uma “área de grande preocupação”, pois o país enfrenta uma segunda onda da pandemia, com recordes nas taxas de infecção e mortes diárias.

    “Ainda não vimos um impacto direto sobre nós, mas essa é provavelmente uma das regiões onde não devemos esperar (que as coisas sejam) tão boas quanto se imaginava antes”, disse Faury.

    A Airbus planeja aumentar a produção de aviões de corredor único e médio curso para 43 unidades por mês no terceiro trimestre, e para 45 no quarto, vindo de uma taxa atual de 40 por mês – abaixo dos 60 antes da crise.

    A empresa também está avaliando um aumento da produção em 2022 e 2023, mas isso depende em parte da capacidade dos fornecedores de acompanhar, disse o executivo.

    O lucro operacional da Airbus no primeiro trimestre aumentou 147%, para 694 milhões de euros, liderado por aviões comerciais e helicópteros. A receita caiu 2%, para 10,46 bilhões de euros.

    A empresa gerou um fluxo de caixa livre positivo de 1,2 bilhão de euros no primeiro trimestre, em comparação com um desempenho negativo de 8 bilhões no mesmo período do ano passado, quando a Airbus teve que pagar uma multa recorde à Grã-Bretanha, França e Estados Unidos.

    Para o ano inteiro, a Airbus espera entregar 566 aviões, mesmo número do ano passado, com lucro operacional ajustado de 2 bilhões de euros e fluxo de caixa livre equilibrado.