Pronampe é um projeto modesto para o momento de crise, diz especialista
Em entrevista à CNN Rádio, o professor da FGV Nelson Marconi analisou que a taxa de juros elevada pode comprometer a adesão ao programa
O Senado aprovou na terça-feira (11), em votação simbólica, o texto que torna permanente o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). A matéria segue agora para sanção presidencial.
Em entrevista à CNN Rádio nesta quarta-feira (12), Nelson Marconi, professor de economia e finanças pública da FGV, disse que o molde do texto é “um pouco modesto” e que “deveria ter características diferentes para este momento de pandemia”.
Ele explicou que o percentual de juros — que pode chegar até 6% mais a taxa Selic ao ano — da linha de crédito é um complicador.
“Para o momento de crise, em que as empresas estão com a corda no pescoço, a taxa de juros é muito alta e encarece o crédito. O programa fica enfraquecido no sentido de que as empresas não vão acessar o programa com tanta intensidade como se poderia imaginar”, avalia o professor.
Para Marconi, “um número menor de empresas vai acessar o Pronampe”, em comparação à versão anterior do programa.