Google faz parceria com regulador britânico para remover cookies
Cookies de terceiros são usados por anunciantes digitais para personalizar e direcionar publicidade, ajudando a financiar conteúdo online para consumidores
O Google assumiu compromissos com o regulador de concorrência do Reino Unido sobre seu plano de remover cookies de terceiros de seu navegador Chrome, disse a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA, na sigla em inglês) nesta sexta-feira (11).
O regulador disse que os compromissos foram resultado de uma ação que lançou contra a gigante de tecnologia dos EUA em janeiro, após preocupações levantadas por publishers de que suas propostas poderiam restringir a concorrência na publicidade digital.
Cookies de terceiros são usados por anunciantes digitais para personalizar e direcionar publicidade, ajudando a financiar conteúdo online para consumidores, como de editores de notícias.
Mas eles também apresentam preocupações com a privacidade, permitindo que o comportamento dos consumidores seja rastreado de maneiras que incomodam muitas pessoas.
O Google disse que os usuários esperam cada vez mais que a web seja mais privada e segura.
Sua nova tecnologia – chamada de Privacy Sandbox – visa desenvolver novas ferramentas de publicidade digital para proteger a privacidade das pessoas e evitar o rastreamento secreto, ao mesmo tempo em que oferece suporte a uma próspera web financiada por anúncios, disse em um blog nesta sexta-feira (11).
A empresa disse que recebeu com agrado a oportunidade de trabalhar com um regulador em sua iniciativa de reconciliar questões de privacidade e concorrência.
“Hoje estamos oferecendo um conjunto de compromissos – o resultado de muitas horas de discussões com a CMA e, de forma mais geral, com a comunidade da web em geral – sobre como projetaremos e implementaremos as propostas do Privacy Sandbox e como trataremos os dados do usuário nos sistemas do Google nos anos à frente”, disse a empresa.
O Google disse que não haveria nenhuma vantagem de dados para produtos de publicidade do Google sob suas propostas, e seus produtos de publicidade ou próprios sites não teriam tratamento preferencial.
A CMA disse que os compromissos do Google são “substanciais e abrangentes”.
O presidente-executivo da CMA, Andrea Coscelli, disse que o regulador está “assumindo um papel de liderança” ao definir como poderia trabalhar com poderosas empresas de tecnologia para moldar o comportamento delas e proteger a concorrência em benefício dos consumidores.