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    Califórnia aprova lei que exige mais diversidade nos conselhos de administração

    A lei exige que as empresas tenham pelo menos um membro do conselho de uma comunidade sub-representada até o final de 2021

    Jeanne Sahadi, do CNN Business, em Nova York

    A partir do próximo ano, as empresas de capital aberto com sede na Califórnia serão legalmente obrigadas a diversificar seus conselhos em termos raciais, étnicos e de identidade sexual e de gênero.

    Assinada pelo governador da Califórnia Gavin Newsom na quarta-feira (7), a lei exige que as empresas tenham pelo menos um membro do conselho de uma comunidade sub-representada até o final de 2021 e pelo menos dois ou três (dependendo do tamanho do conselho) até o final de 2022.

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    Pessoas de comunidades sub-representadas são definidas no projeto de lei como qualquer uma que se identifique como negra, afro-americana, hispânica, latina, asiática, das ilhas do Pacífico, nativa americana, nativa havaiana ou nativa do Alasca, ou que se identifique como gay, lésbica, bissexual ou transgênero.

    “A nova lei representa um grande passo para a equidade racial. É uma situação em que todos saem ganhando, já que conselhos etnicamente diversificados têm demonstrado desempenho superior ao daqueles que carecem de diversidade”, disse o deputado estadual da Califórnia Chris Holden, coautor da legislação.

    A nova lei provavelmente estabelecerá um novo limite mínimo para a diversidade corporativa em todo o país, assim como a lei estadual de 2018 exigindo um número mínimo de mulheres diretoras.

    As empresas de capital aberto não são obrigadas a relatar a proporção racial e étnica de seus conselhos, mas uma série de pesquisas mostrou que os conselhos corporativos continuam predominantemente brancos. E o maior avanço que eles fizeram em termos de diversidade foi dar às mulheres – principalmente mulheres brancas – um lugar à mesa.

    Um relatório no início deste mês da ISS ESG, o braço de investimento responsável da Institutional Shareholder Services, descobriu que apenas 16,8% dos conselhos de empresas de grande capitalização tinham diretores com diversidade racial ou étnica, ante 13,6% em 2015. Em contraste, o crescimento no número de mulheres diretoras foi muito maior. As diretoras agora representam 27,4%, e eram 18,3% cinco anos atrás.

    Embora reforçar a diversidade nas corporações agora faça parte do debate nacional, não terá muito efeito sem ações efetivas.

    “Apesar de toda a boa vontade e boas intenções, a maioria de nós acredita que se você não quantificar um objetivo, nada acontece. É preciso ter metas mensuráveis”, explicou Aida Alvarez, membro fundador da Associação Latino de Diretores Corporativos, que também participa de conselhos de quatro empresas públicas, incluindo a HP Inc.

    Segundo Alvarez, apesar dos hispânicos constituírem quase 40% da população da Califórnia, 86% das empresas públicas sediadas lá não têm um latino em seus conselhos. “Há claramente uma sub-representação no momento. E temos muitos talentos excelentes por aí”, afirmou a executiva.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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