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    Juro do cheque especial fica abaixo do teto, enquanto rotativo do cartão sobe

    De acordo com o BC, a taxa média dos bancos nas operações com cheque especial somou 130% ao ano (7,2% ao mês) em fevereiro, ante 141% em janeiro

    Anna Russi , da CNN, em Brasília

    O cheque especial mantém a tendência de queda do mês passado e os juros ficaram abaixo do teto estabelecido pelo Banco Central. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (27), em publicação oficial da instituição. De acordo com o BC, a taxa média dos bancos nas operações com cheque especial somou 130% ao ano (7,2% ao mês) em fevereiro, ante 141% em janeiro. 

    Este é o segundo mês de vigência do teto de juros para a modalidade. A fim de conter as altas nas taxas de juros para o consumidor, e diminuir o valor cobrado no cheque especial, o Banco Central propôs, em novembro de 2019, um teto máximo a ser cobrado pelos bancos. O valor é de até 8% ao mês, equivalente a 151% ao ano.

    Enquanto os juros do cheque especial seguem em queda, o rotativo do cartão subiu quase 6 pontos percentuais de janeiro para fevereiro. De acordo com a instituição, o juros da modalidade passou de 316,7% ao ano em janeiro, para 322,6%. Este é o maior patamar da modalidade desde abril de 2018, quando o rotativo do cartão alcançou 328,1% ao ano. 

    Juros bancários médios

    O saldo das operações de crédito avançou de R$ 2,003 trilhões para R$ 2,022 trilhões, de janeiro para fevereiro. O financiamento para os consumidores ficou em R$ 1,131 trilhão, no mês passado. Já os empréstimos para empresas somou R$ 891 bilhões, no mesmo período. 

    Os juros médio cobrados pelas instituições com recursos livres subiu de 33,7% a.a, em janeiro, para 34,1% a.a em fevereiro. No ano, a taxa acumula leve alta de 0,7 ponto percentual. 

    Nas operações para pessoas físicas, os juros passaram de 45,6% a.a para 46,7% ao ano no período analisado. Para as empresas, a taxa média passou de 17,6% ao ano para 17%. Ambas as categorias acumulam alta de 0,7 ponto percentual no ano. 

    O cenário para esses resultados ocorre em um momento em que a taxa básica de juros, a Selic, está em sua mínima histórica, em 3,75% ao ano. A taxa, que tem objetivo de controlar a inflação, é fixada pelo Banco Central a cada 45 dias. O movimento de redução de juros visa estimular o consumo e a economia, mas depende de uma inflação controlada. 

    Inadimplência e Spread

    O estudo do Banco Central demonstrou que a inadimplência média das operações de crédito no sistema financeiro ficou estável, registrando 3,7% em fevereiro, mesmo patamar do mês anterior.

    O spread bancário, que é a diferença entre o valor pago pelos bancos e o que é cobrado dos clientes, avançou para 28,9 pontos percentuais em fevereiro, ante os 28,3 p.p no mês anterior. 

    Enquanto para pessoas físicas o spread subiu de 40 pontos percentuais para 41,3 pontos percentuais, a taxa para empresas teve leve recuo, de 12,6 pontos percentuais para 12 p.p. No ano, no entanto, o spread avançou para ambas, sendo 1,1 p.p e 0,9 p.p para pessoas físicas e pessoas jurídicas, respectivamente.

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