Se ele não conseguia resolver algo, ajudava a curar o coração, diz prima de médico assassinado
Marcos Corsato foi um dos três médicos assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada de quinta-feira
Uma fila de familiares e amigos de Marcos Corsato lotou o Cerimonal Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo, onde o corpo do ortopedista está sendo velado neste sábado (7). Corsato foi um dos três médicos assassinados em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada de quinta-feira (5).
A cerimônia começou às 9h, apenas para familiares, e uma hora e meia depois foi aberta para o público. A expectativa é de que ao menos 500 pessoas compareçam ao velório.
Segundo a prima-irmã do médico, Marcos era generoso. “Marcos tinha olhar sempre de esperança, tão positiva, tão generosa, tão do bem”, afirma Lais Betty Corsato.
Lais diz que o maior orgulho de Marcos nos últimos tempos era sua neta de um ano e conta que já fala com seu primo sobre as comemorações do próximo aniversário. “Ele ia fazer 63 segunda-feira. Ele falou “nós vamos estar juntos de novo”.
Aqueles que vêm prestar homenagem fazem questão de reforçar a referência que Corsato era para a ortopedia, principalmente no tratamento de tornozelos, sua especialidade. “Se ele não conseguia resolver alguma coisa física, ele ajudava a curar o coração”, diz a prima.
Além das lembranças boas, o sentimento de revolta também impera entre aqueles que prestam sua última homenagem.
“Vocês mataram médicos que cuidam de pessoas, que trabalham no sistema público, que dão a vida por vocês”, diz a professora-doutora Márcia Rezende, que foi aluna da Faculdade de Medicina da USP junto com Corsato, em anos diferentes.
O enterro de Marcos Corsato acontecerá no Cemitério de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, a partir de 16h.