Com salto de 31%, fortuna dos mais ricos tem avanço histórico em ano de pandemia
Segundo o Índice Bloomberg Billionaires, que reúne os 500 mais ricos do mundo, a fortuna do grupo, somada, chega a US $ 7,6 trilhões
Em um ano marcado pelos impactos econômicos e sociais trazidos pela pandemia do novo coronavírus, as pessoas mais ricas do planeta viram sua fortuna crescer US $1,8 trilhão, segundo o Índice Bloomberg Billionaires.
Essa variação corresponde a um salto de 31% em relação ao visto no ano passado e é a maior já registrada na história do índice — do qual fazem parte as 500 pessoas mais ricas do mundo. Juntas, elas encerraram o ano com uma fortuna de US $ 7,6 trilhões.
Grande parte desse salto é explicado pelos ganhos vindos do mercado acionário, que beneficiou justamente os detentores das maiores fatias de grandes empresas, explica a Bloomberg.
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O grande destaque do ano ficou para Elon Musk, fundador e CEO da Tesla e da SpaceX. Fabricante de carros elétricos, essa primeira ganhou US $ 140 bilhões neste ano, fazendo de Musk o segundo homem mais rico do mundo, com fortuna estimada em US$ 167,2 bilhões
O segundo maior ganho foi para Jeff Bezos, fundador da Amazon. O homem mais rico do mundo viu sua fortuna crescer US $ 77 bilhões em 2020, para US$ 191,8 bilhões graças ao grande aumento na procura pelo comércio online em meio ao isolamento social.
Atrás de Bezos e Musk na lista ds mais ricos ficou o co-fundador da Microsoft Bill Gates, com uma fortuna avaliada em US $ 132 bilhões (US $ alta de 18,6 bi no ano), Bernard Arnault, presidente da LVMH — maior empresa de artigos de luxo do mundo —, com fortuna US $ 114 bilhões, US $ 9 bi a mais do que no ano passado, e Mark Zuckerberg, fundados do Facebook, que possui US $ 104 bilhões, US $ 25 bi a mais do que no ano passado.
Entre os dez mais ricos do mundo, o único que perdeu dinheiro em 2020 foi Warren Buffet, que teve sua fortuna reduzida em US $ 1,62 bilhões neste ano, para US $ 87,6 bilhões. (Veja tabela abaixo).
Maior crise da história moderna
Esse movimento ocorre enquanto o mundo passa pela maior crise da história moderna, com o desemprego atingindo níveis recordes, devido ao fechamento do comércio não essencial e as políticas de isolamento social.
Segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional, a economia global encolheu 4,4% em 2020. Para se ter uma ideia, em 2009, ano em que o mundo passou pela sua última grande crise, o PIB global encolheu 0,1%.