Ibovespa ignora pessimismo do exterior e fecha em alta; dólar cai a R$ 5,60
Dólar abriu a semana e a manhã de segunda-feira (19) em queda ante o real. Às 9h16, a moeda americana recuava 0,52%, a R$ 5,6143
Apesar de quedas nos mercados lá fora, a bolsa paulista operou no azul durante todo o pregão desta segunda-feira (19) e por lá ficou até o fim da sessão.
Petrobras (PETR3 e PETR4) e os bancos foram os responsáveis pela alta do Ibovespa em dia de vencimento de opções, fator que aumenta a movimentação dos papéis.
O Ibovespa fechou a segunda-feira em alta de 0,35%, para 98.657,65 pontos. A alta era mais forte no início da tarde e o índice ameaçou voltar ao patamar dos 100 mil pontos.
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“O desempenho da bolsa hoje surpreendeu positivamente. O cenário lá fora é ruim, por isso a alta perdeu força”, explica Daniel Herrera, analista da Toro Investimentos.
Entre o fim de semana e esta segunda-feira, música para os ouvidos dos investidores: Paulo guedes garantiu que o Brasil vai continuar fazendo reformas e que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse não ser contra a prorrogação do auxílio emergencial, desde que respeitado o teto de gastos.
No radar macroeconômico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, assegurou que o Brasil vai continuar fazendo reformas até o fim e que o presidente da República, Jair Bolsonaro, está do seu lado, enquanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ressaltou a necessidade de o país voltar para a disciplina fiscal.
Herreira explica que o movimento de hoje é atípico e que a tendência é que o Ibovespa volte a seguir o exterior até que fiquem claros temas ligados à questão fiscal por aqui.
O destaque do pregão foram as ações da brMalls (BRML3), que pode anunciar fusão parcial dos seus negócios com a Ancar. Os papéis tiveram valorização de 5,43%, a segunda maior alta da bolsa hoje.
As ações mais pesadas do Ibovespa fecharam o dia no azu positivo. Entre elas, os bancos se destacavam. O Bradesco (BBDC4) teve alta de 1,62%, o Itaú (ITUB4) subiu 1,08% e o Santander (SANB11) avançou 0,75%.
Fora do Ibovespa, a C&A (CEAB3) subia mais de 5% depois que o Valor Econômico noticiou que a controladora da varejista planeja a venda da operação brasileira.
O dólar começou a semana em queda ante o real, com as operações domésticas seguindo a fraqueza da moeda norte-americana no exterior, mas a cotação fechou longe das mínimas da sessão, conforme investidores pesaram incertezas sobre aprovação de novos estímulos nos Estados Unidos em meio a persistente desconforto relacionado ao coronavírus.
O dólar à vista caiu 0,64% nesta segunda-feira, para R$ 5,6055 na venda. A divisa oscilou entre queda de 1,31% (para R$ 5,5675) e alta de 0,10% (para R$ 5,647).
Na China, dados sobre o PIB do país decepcionaram os investidores. A economia chinesa cresceu 4,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Internamente, investidores seguem de olho nas políticas fiscais do governo e nos balanços do terceiro tri, que já começaram a ser divulgados.
Lá fora
Os principais índices de Wall Street começaram o dia em alta, mas passaram a cair no início da tarde com incertezas sobre a aprovação de um pacote de estímulos à economia dos Estados Unidos.
A maior queda foi do índice Nasdaq, com baixa de 1,84%. O Dow Jones caiu 1,44% e o S&P 500 teve queda de 1,63%.
As ações europeias fecharam em queda nesta segunda-feira, com os casos crescentes de Covid-19 levantando a possibilidade de novas restrições econômicas, o que compensava o otimismo fornecido por sinais de progresso nas negociações de um acordo comercial do Brexit e esperanças de estímulo fiscal nos Estados Unidos.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,29%, a 1.418 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,28%, a 366 pontos. Mais cedo, esperanças de que uma vacina para a Covid-19 estará disponível até o final do ano e sinais de que um acordo em Washington sobre um pacote fiscal poderá ser alcançado em breve haviam elevado o sentimento nas negociações matinais.
As ações da China reverteram seus ganhos anteriores para fechar o dia em baixa, pressionadas por empresas industriais e de saúde depois que o país relatou um crescimento do PIB mais fraco do que o previsto para o terceiro trimestre.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,8%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,7%. Os índices haviam saltado 1,2% e 1%, respectivamente, antes de mudar de curso.
(Com Reuters)
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