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    Brasil convoca reunião do Conselho de Segurança sobre Israel para este domingo

    Na Presidência do órgão, Brasil marca reunião de emergência sobre ataques em Gaza neste domingo e espera divergências entre China e EUA, dizem fontes do governo

    Priscila Yazbek

    O Brasil convocou para este domingo (8) a reunião emergencial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar sobre os ataques na Faixa de Gaza, em Israel, segundo fontes do governo.

    A Presidência rotativa do órgão foi assumida pelo Brasil no último domingo (1).

    O embaixador Sérgio França Danese, representante permanente do governo brasileiro junto à ONU, vai conduzir a reunião.

    Ainda não se sabe se representantes de Israel e da Palestina vão participar.

    O Itamaraty já havia divulgado uma nota afirmando que convocaria a reunião, mas sem informar que aconteceria neste domingo. 

    Interlocutores dizem que o governo brasileiro deve sustentar na reunião a posição informada na nota divulgada pelo Itamaraty, condenando os bombardeios e lamentando que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe uma deterioração da situação entre Israel e Palestina .

    Divergências entre China e EUA são esperadas

    Fontes também afirmam que o Conselho deve tentar chegar a uma declaração conjunta sobre os ataques, mas são esperadas divergências entre China e Estados Unidos.

    Os americanos são fortes aliados de Israel e, neste sábado, o presidente Joe Biden prometeu apoio ‘inabalável’ a Israel após o ataque do Hamas

    Em uma reunião anterior do Conselho de Segurança, após o ataque israelense a Gaza em 2021, que deixou mais de 200 mortos, os chineses chegaram a cobrar posições mais incisivas de Washington sobre Israel. Na ocasião, Pequim afirmou que os EUA ignoram o sofrimento palestino, enquanto dizem defender os direitos humanos.

    O incidente deste sábado já é considerado o mais grave desde que Israel e o Hamas travaram o conflito de 2021.

    Se uma nova discordância entre Estados Unidos e China se repetir na reunião deste domingo, o Brasil deve manter a tradicional posição de tentar mediar a conversa para levar os países a entrar em um consenso, dizem pessoas próximas às discussões.

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