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    Falas contra privatização contribuíram para renúncia de presidente da Eletrobras

    A pessoas próximas, Ferreira citou entrevistas dadas na semana passada pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato preferido do Planalto ao Senado

    Igor Gadelhada CNN



     

    Sinalizações contrárias à privatização da estatal por parte de parlamentares e a falta de resposta do Palácio do Planalto teriam contribuído para a renúncia do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, neste domingo (24), apurou a CNN com interlocutores e aliados do executivo.

    A pessoas próximas, Ferreira citou entrevistas dadas na semana passada pelo senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), candidato preferido do Planalto à presidência da Casa, nas quais o parlamentar diz que a privatização da Eletrobras não seria o foco de sua gestão.

    Segundo apurou a CNN, Ferreira ficou ainda mais incomodado com o fato de nem o Planalto, nem a cúpula do Ministério de Minas e Energia (MME) terem reagido à declaração, o que, para ele, demonstrou que a privatização não seria prioridade para o governo.

    Na última quinta-feira (21), dia em que as entrevistas de Pacheco foram veiculadas, as ações ordinárias e preferenciais da Eletrobras chegaram a cair 6,15% e 5,15%, respectivamente, numa demonstração de mau humor do mercado financeiro com a sinalização. 

    A colegas que estão no governo, Ferreira disse que pretendia ficar no cargo até a conclusão do processo de privatização da empresa, mas que, diante da falta de perspectivas claras para isso, optou por antecipar sua saída. Oficialmente, o executivo alegou “motivos pessoais”. 

    Procurados, Planalto não respondeu. O MME divulgou nota ressaltando que Ferreira seguirá como membro do conselho de administração e que o governo entende que a capitalização é “essencial e necessária para a recuperação de sua capacidade de investimento”.

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