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    Governo reajusta salários de policiais do DF e prepara sanção de ajuda a estados

    Aumento tinha que entrar em vigor antes da sanção do pacote de ajuda, já que este proíbe qualquer aumento de servidores por dois anos

    Reuters

    O governo federal editou nesta terça-feira (26) uma medida provisória com os reajustes salariais de policiais civis e militares e bombeiros do Distrito Federal, que são custeados pela União, para evitar que os aumentos sejam bloqueados pela sanção do pacote de ajuda aos estados. A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

    O reajuste dos servidores, que é custeado por meio do Fundo Constitucional do Distrito Federal, terá um impacto de R$ 505 milhões, com reajustes que vão de 8% para policiais civis do Distrito Federal e de 25% para policiais militares e para os bombeiros do DF.

    A MP incluiu ainda nos reajustes policiais militares e do Corpo de Bombeiros dos ex-territórios federais — Roraima, Rondônia e Amapá.

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    Na semana passada, o Congresso aprovou projeto de lei que autoriza, na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), o pagamento do reajuste. No entanto, para ser efetivo, o aumento tem que entrar em vigor antes da sanção do pacote de ajuda aos estados e municípios, já que este proíbe qualquer aumento de servidores pelos próximos dois anos. O prazo limite para a sanção do pacote é nesta quarta-feira, 27 de maio.

    O pedido de aprovação do reajuste estava no Congresso desde janeiro deste ano, mas não tinha sido votado. O presidente Jair Bolsonaro prometeu ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), que tentaria uma solução antes da sanção do pacote.

    Bolsonaro chegou a dizer aos governadores, em reunião na semana passada, que sancionaria o pacote de ajuda —que chega a R$ 60 bilhões— até sexta-feira passada (22), mas foi alertado de questões “técnicas” que precisariam ser resolvidas antes da sanção.

    Além do reajuste dos servidores do GDF, o Congresso aprovou na segunda-feira uma outra MP, de reestruturação de cargos e salários da Polícia Federal. A MP prevê reajustes dentro da reestruturação, que também seriam bloqueados pelo pacote dos estados.

    Resta agora resolver a questão de concursados da Polícia Rodoviária Federal de 2018. Foram aprovadas 600 pessoas, mais do que o previsto no edital, e parte desse contingente não foi chamada ainda. Um grupo tem feito plantão em frente ao Palácio da Alvorada pedindo ajuda do presidente nessa questão.

    Nesta terça-feira, Bolsonaro disse que irá sancionar a ajuda aos estados sem prejudicar os concursados, mas não disse o que será feito.

    “Até amanhã sai [a sanção]. Estamos resolvendo aqui a questão dos concursados da PRF, para que não haja dúvidas. Para que, uma vez sancionado, não sejam prejudicados”, disse Bolsonaro ao grupo no Palácio da Alvorada.

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