Ibovespa fecha em leve queda, mas avança na semana; dólar sobe a R$ 5,35
Na B3, a ação da Vale pressionou o Ibovespa, enquanto uma recuperação do setor financeiro ajudou na redução das perdas
O dólar fechou no maior patamar em mais de duas semanas nesta sexta-feira (21), marcando o maior ganho semanal em quase dois meses, com investidores repercutindo a força da moeda norte-americana no exterior, mas também acompanhando movimentações políticas locais com mira na eleição de 2022.
O dólar à vista subiu 1,51%, para R$ 5,3554 na venda. Na semana, a moeda avançou 1,58% ante o real.
Já o Ibovespa recuou. O índice caiu 0,09% para 122.592 pontos, em um pregão marcado por vencimento de opções sobre ações. Mesmo com a leve queda, o Ibovespa garantiu alta de 0,58% na semana.
O dia não teve grandes novidades no cenário político.
As ações da BRF (BRFS3) dispararam 16,28%, tendo no radar notícias de que a processadora de carne bovina Marfrig tem comprado ações da companhia, maior exportadora global de carne de frango. Os papéis da Marfrig (MRFG3) caíram 5,2%.
O Bradesco (BBDC4) avançou 0,46% e o Itaú (ITUB4) ganhou 0,48%, fazendo o Ibovespa reduzir as perdas, já que essas ações operaram em baixa na maior parte da sessão.
O destaque de baixa no setor foi o Banco Inter (BIDI11), com declínio de 3%, após forte alta na véspera quando anunciou parceria com o ABC Brasil e desdobramento de ações.
Já a Vale (VALE3) caiu 1,54%, em meio a um novo recuo dos preços do minério de ferro na China, que tiveram a maior queda semanal desde março.
As ações da Petrobras (PETR3) subiram 0,99%, com o petróleo Brent valorizando-se. A companhia também divulgou que decisão recente do STF sobre ICMS e PIS-Cofins gerará um impacto positivo de R$ 4,4 bilhões no balanço do segundo trimestre da companhia.
Lá fora
Wall Street encerrou de forma mista nesta sexta-feira, com preocupações inflacionárias surgindo ao fim de uma semana de negociações voláteis.
O Dow Jones avançou 0,36%, aos 34.207 pontos, o S&P 500 desvalorizou-se 0,08%, aos 4.155 pontos, e o Nasdaq recuou 0,48%, aos 13.470 pontos.
O índice Dow Jones subiu com a ajuda da Boeing, que saltou conforme fontes da indústria disseram que a fabricante de aviões traçou planos preliminares para aumentar a produção do 737 MAX para até 42 jatos por mês no outono (do Hemisfério Norte) de 2022.
As ações europeias fecharam em alta nesta sexta-feira, uma vez que a fabricante suíça de bens de luxo Richemont saltou após seus resultados e a aceleração do crescimento da atividade de negócios na zona do euro manteve investidores cautelosamente otimistas em face de crescentes preocupações com a inflação.
O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,6%, acumulando pequeno ganho na semana.
A Richmont, dona da Cartier, subiu 5,0%, para um recorde, ao propor dobrar seus dividendos de volta aos níveis pré-pandemia, depois que a forte demanda por joias ajudou a elevar o lucro líquido e a conter a queda nas vendas em seu ano fiscal de 2020/21.
Os principais índices de ações da China terminaram em queda nesta sexta-feira, pressionados pelos setores financeiro e de consumo, embora o setor de commodities tenha se recuperado da queda da sessão anterior, à medida que os investidores processavam a promessa de Pequim de manter os preços das commodities sob controle.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,01%, mas registrou ganho semanal de 0,46%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 0,58% no dia, caindo 0,11% no acumulado da semana.
O subíndice do setor financeiro recuou 1,44%, o de consumo teve queda de 1,17% e o setor imobiliário caiu 1,02%, enquanto o subíndice de saúde perdeu 1,43%.
Mas as empresas chinesas de commodities fecharam em alta, já que analistas disseram que a promessa da China de fortalecer sua intervenção para conter aumentos “irracionais” nos preços das commodities provavelmente terá apenas um efeito temporário.
*Com informações de Reuters
