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    Se PIB cair 5%, déficit primário chegará a R$ 515 bi, diz governo

    No melhor cenário, de "crescimento 0%", a projeção do rombo fiscal é de R$ 467,1 bilhões

    Prédio do Ministério da Economia em Brasília (3.JAN.2019)
    Prédio do Ministério da Economia em Brasília (3.JAN.2019) Foto: Adriano Machado/Reuters

    Anna Russi, da CNN Brasil, em Brasília

    Em uma simulação de cenários apresentada pelo governo federal nesta quarta-feira (15), a equipe econômica calcula que, no caso de uma contração de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), o déficit primário do Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) atingirá R$ 515,5 bilhões em 2020. Nesse mesmo contexto, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) pode chegar em 90,8% do PIB. 

    Foram feitas seis simulações com diferentes resultados para o desempenho da atividade econômica, desde estagnação, até recessão de 5%. No melhor cenário, de “crescimento 0%”, a projeção do rombo fiscal é de R$ 467,1 bilhões. Já a DBGG, seria de 85,4% do PIB. 

    O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, destacou que as projeções para a DBGG não consideram a possibilidade de venda de reservas internacionais. “Essa decisão cabe estritamente ao Banco Central e não faremos pressão para isso”, disse. 

    Vale destacar também que, na projeção apresentada, o déficit primário estimado para o Setor Público, que inclui, além do Governo Central, estados, municípios e estatais, é de R$ 501,7 bilhões, ou 6,64% do PIB, em 2020. 

    A Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) também entrou nas simulações. Com um PIB 0%, a NFSP é de 11,4% do PIB. Já com contração de 5%, a NFSP sobe para 12,7% do PIB.

    Na mesma apresentação, a equipe econômica atualizou os esforço da pasta com as medidas emergenciais de combate ao COVID-19 referente ao PIB, que já atinge 40,03% do PIB. Desse total, R$ 284 bilhões têm impacto primário, ou seja, nas contas do Tesouro Nacional. Esse valor equivale a 3,76% do PIB. 

    Waldery Rodrigues, destacou que o esforço primário do Brasil está “colado” com a média do esforço de países avançados economicamente. Tal valor é de 3,8% do PIB. Para países emergentes, esse esforço está em 1,71%. “Esse número muda constantemente. Na semana passada, o Brasil estava com média de 3,5% do PIB, por exemplo”, observou.