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    Índice mundial de preços de alimentos atinge nível mais alto desde 2011, diz FAO

    Preço das carnes subiu 2,2% em relação a abril, com cotações para todos os tipos de carnes impulsionadas pelo ritmo acelerado das importações

    Reuters

     

    Em maio, o índice de preços mundiais dos alimentos atingiu o nível mais alto desde 2011, chegando ao 12º aumento mensal consecutivo, segundo a agência de alimentos das Nações Unidas informou nesta quinta-feira (3).

    A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) também divulgou sua primeira previsão para a produção mundial de cereais em 2021, prevendo uma produção de quase 2,821 bilhões de toneladas – um novo recorde e 1,9% acima dos níveis de 2020.

    O índice de preços dos alimentos da FAO, que mede as variações mensais de uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar, teve média de 127,1 pontos no mês passado, contra 121,3 revisados ??em abril. O número de abril era anteriormente de 120,9. Na comparação anual, os preços subiram 39,7% em maio.

    O índice de preços de cereais da FAO subiu 6% em maio no comparativo mensal e 36,6% no comparativo anual. Os preços do milho lideraram o aumento e agora estão 89,9% acima do valor do ano anterior. No entanto, a FAO disse que eles caíram no final do mês, impulsionados por uma perspectiva de produção melhorada nos Estados Unidos.

    O índice de preços dos óleos vegetais saltou 7,8% em maio, impulsionado principalmente pela alta nas cotações dos óleos de palma, soja e colza. Os preços do óleo de palma foram impulsionados pelo lento crescimento da produção no sudeste da Ásia, enquanto as perspectivas de uma demanda global robusta, especialmente do setor de biodiesel, elevaram os preços do óleo de soja.

    Consumidora em gôndola de supermercado (18 de abril)
    Consumidora em gôndola de supermercado (18 de abril)
    Foto: Reprodução / CNN

    Redução da safra de açúcar no Brasil

    O índice do açúcar registrou um ganho de 6,8% no comparativo mensal, devido em grande parte aos atrasos na colheita e às preocupações com a redução do rendimento das safras no Brasil, o maior exportador mundial de açúcar, disse a FAO.

    O índice de carnes subiu 2,2% em relação a abril, com cotações para todos os tipos de carnes impulsionadas pelo ritmo mais acelerado de compras de importação por países do leste asiático, principalmente a China.

    Os preços dos lácteos subiram 1,8% em uma base mensal e 28% no ano anterior. O aumento foi liderado pela “sólida demanda de importação” de leite em pó desnatado e integral, enquanto os preços da manteiga caíram pela primeira vez em quase um ano com o aumento da oferta de exportação da Nova Zelândia.

    A FAO disse que sua previsão de produção mundial recorde de cereais este ano foi sustentada por um crescimento anual projetado de 3,7% na produção de milho. A produção global de trigo deve aumentar 1,4% com relação ao ano anterior, enquanto a produção de arroz deve crescer 1,0%.

    A utilização mundial de cereais em 2021/22 aumentou 1,7% para um novo pico de 2,826 bilhões de toneladas, logo acima dos níveis de produção. “Prevê-se que o consumo total de alimentos à base de cereais aumente juntamente com a população mundial”, disse a FAO.

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