Dólar bate máxima em quase 2 semanas, com aversão a risco; bolsa fecha no azul
Preocupação com a mutação do coronavírus fez com que investidores voltassem a buscar segurança na moeda americana
O dólar emendou a terceira alta consecutiva e fechou no maior patamar em quase duas semanas frente ao real nesta terça-feira (22). A moeda americana subiu 0,79%, negociada a R$ 5,1639 na venda, maior preço desde 9 de dezembro (R$ 5,1737).
Esse resultado reflete uma postura de aversão a riscos dos investidores diante do avanço de uma nova cepa do coronavírus na Europa.
A situação só não ficou pior por causa da aprovação de um pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos, de US$ 900 bilhões, que passou a amparar o sentimento dos mercados internacionais.
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Diante desse cenário de contrapesos, o Ibovespa fechou o dia no azul, mesmo após o governo do estado de São Paulo anunciar novas medidas de restrição.
O principal índice da bolsa de valores subiu 0,7%, a 116.636 pontos. O volume negociado, no entanto, ficou em R$ 20 bilhões, bem abaixo da média de dezembro (R$ 38,84 bilhões).
Entre as principais altas do dia, PetroRio (PRIO3) subiu 5,44%, Suzano (SUZB3) valorizou 4,45%
e Minerva (BEEF3) cresceu 4,11%.
Já entre as maiores baixas, CVC (CVCB3) perdeu 6,32%, Embraer (EMBR3) recuou 3,75% e Azul (AZUL4) desvalorizou 3,37%.
Lá fora
Em Wall Street, os principais índices engataram viés de queda no fim do dia, exceto pelas ações de tecnologia. O Dow Jones recuou 0,67%, aos 30.015 pontos e o S&P 500 caiu 0,21%, a 3.687. Só o Nasdaq valorizou, com alta de 0,22%, aos 12.717 pontos.
Já na zona do euro, as ações europeias registraram seu melhor dia em seis semanas nesta terça-feira (22), recuperando-se de fortes vendas generalizadas com o otimismo em torno do Brexit.
O índice pan-europeu STOXX 600 encerrou em alta de 1,2%, recuperando-se de uma queda de mais de 2% na sessão anterior. Em Londres, o Financial Times avançou 0,57%, a 6.453 pontos.
(Com Reuters)