Transferência de recursos do Bolsa Família não foi prejudicial, diz governo
Equipe econômica garante que transferência de R$ 83 milhões destinados ao Bolsa Família para comunicação institucional do governo não afetou beneficiários
Secretários da equipe econômica do governo federal garantem que nenhum beneficiário do programa Bolsa Família foi prejudicado com o remanejamento de dotações orçamentárias, definidas por portaria publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira.
“Não há prejuízo de pessoas que receberiam o Bolsa Família. Ninguém foi prejudicado”, afirmou o secretário-executivo da pasta, Marcelo Guaranys.
A equipe econômica concedeu entrevista coletiva, nesta sexta-feira (5) para explicar os impactos da medida, que suspendeu R$ 83 milhões do programa e destinou os valores para a comunicação institucional do governo federal.
Além de reforçar que nenhum beneficiário foi prejudicado, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que a pasta vai estudar espaço no orçamento para pagamento do 13º do Bolsa Família.
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Ele ainda destacou que, a princípio, o governo deve prorrogar o auxílio emergencial por duas parcelas. “Não teve nenhuma perda, muito pelo contrário: 95% dos beneficiários do programa foram transferidos para o auxilio emergencial, que repassa um valor superior ao do Bolsa Família”, observou.
Segundo Rodrigues, o montante necessário para pagar o 13º do program pode chegar a cerca de R$ 2,5 bilhões. “Estudamos alocar esses recursos para pagamento do Bolsa Família conforme seja a decisão política. Será uma prioridade e vamos alocar isso no espaço fiscal”, disse ao lembrar que a medida provisória que previa esse pagamento caducou.
Guaranys também reforçou que ao zerar a fila do Bolsa Família, que foi outra medida do governo para combate aos impactos da pandemia, os novos beneficiários já foram inseridas no auxílio emergencial, uma vez que o recurso repassado é três vezes superior ao benefício do Bolsa Família.
Ele ainda garantiu que o programa não foi descontinuado, mesmo que os beneficiários tenham sido transferidos. “Não há descontinuidade. Os recursos para ambos programas estão garantidos”, afirmou.
Custo
O secretário da Fazenda também comentou sobre o custo adicionou da extensão do auxílio emergencial. Ele adiantou que a estimativa da equipe é de que com a prorrogação do programa por mais dois meses, o custo total às contas públicas será de aproximadamente R$ 203 bilhões.
“Se tivermos a prorrogação de duas parcelas com valores menores, estamos falando de algo adicional em R$ 51 bilhões. É um número substancial que ainda estamos fechando e será anunciado em breve”, observou. De acordo com ele, as três parcelas do auxílio de R$ 600 já representam uma despesa de R$ 151,5 bilhões.
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