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    Projeções do mercado para PIB convergem para previsão da SPE, diz Sachsida

    O secretário ainda afirmou que há volume expressivo de recursos para entrar na economia até o fim do ano, estimada em R$ 138 bilhões

    Thaís Barcellos e Eduardo Rodrigues, , do Estadão Conteúdo

    O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que a economia está se recuperando rapidamente do choque da pandemia de coronavírus, como mostram as revisões de alta das projeções do Produto Interno Bruto (PIB).

    “Projeções do mercado para PIB convergem para previsão da SPE (Secretaria de Política Econômica). Queda do PIB em 2020 ainda é forte, mas menor do que se esperava.”

    A projeção da SPE é de queda de 4,7%, enquanto a mediana do Boletim Focus do Banco Central passou de -5,0% para -4,81%.

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    Sachsida, que participou nesta quarta-feira de debate virtual promovido pelo Banco Safra, ainda repetiu que há volume expressivo de recursos para entrar na economia até o fim do ano, estimada em R$ 138 bilhões, o que deve permitir a retomada do setor de serviços no último trimestre.

    Além disso, citou que 35% das empresas anteciparam férias dos funcionários durante a pandemia, o que deve manter a produtividade alta nos próximos meses.

    Emprego informal

    O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia afirmou que os desafios para o PIB de 2021 são a retomada do emprego, do crédito e a consolidação fiscal. Ele ressaltou ainda que haverá um retorno forte do mercado de trabalho informal.

    Sachsida afirmou que a projeção da SPE é de crescimento da economia de 3,2%, o que disse ser conservadora, diante da previsão de 3,9% do Banco Central e de 3,4% da Pesquisa Focus.

    O secretário argumentou que o grosso da crise atual no emprego é no setor informal, o que deve melhorar com a reabertura gradual da economia, reduzindo o desemprego no ano que vem. “O setor informal é muito mais dinâmico do que o formal e vai voltar a absorver parte expressiva dos trabalhadores. O retorno de serviços e comércio trará volta forte do emprego informal.”

    Sachsida também mencionou que é preciso que a sociedade saiba o impacto que o custo de contratações formais tem sobre as contratações com carteira assinada.

    Segundo ele, um estudo da SPE mostra que uma queda no custo em 10% elevaria o emprego formal em 3,0%, e uma redução de 10% em setores de baixa qualificação aumentaria o volume de contratações em 8,0%.

    Privatizações

    O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia reafirmou o compromisso do governo Jair Bolsonaro em acelerar as privatizações. “Há agenda de privatizações com 117 projetos ativos e previstos para leilão em 2021”, afirmou, no evento online do Banco Safra.

    Ele argumentou que essa sempre foi agenda do governo, mas que demora para estruturar essas privatizações, que, segundo ele, já estavam previstas para o terceiro ano do governo.

    Sachsida repetiu a outros pontos da agenda de reformas prevista pelo governo, como as Propostas de Emenda à Constituição (PEC) emergencial, do pacto federativo e dos fundos, além da reforma administrativa e da revisão de 4% de gastos tributários. Também mencionou que o processo de enxugamento dos bancos públicos continua.

    Padrão de distanciamento social pré-pandemia

    O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia afirmou que a expectativa do governo é de que o País deve retomar ao padrão de distanciamento social de fevereiro, pré-pandemia, em meados de dezembro, conforme estudos da SPE. “A partir de janeiro, teremos retorno seguro ao trabalho.”

    Segundo o secretário, há estimativas de que alguns Estados já estejam próximos de imunidade de rebanho para covid-19. Ainda de acordo com estudos da SPE, essa imunidade seria de 20%, e não de 70%.

    Sachsida também afirmou que a SPE concluiu que o aumento da temperatura leva à redução do distanciamento social, por isso, reforçou, a expectativa de retorno à circulação normal em meados de dezembro.

    O secretário apenas fez a ressalva que esses são dados econômicos, que não servem para fazer inferências ou recomendações de saúde.

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