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    ‘Consumidor ajuda substituindo arroz por produtos mais baratos’, diz associação

    A cada 100 quilos de arroz embarcados por produtores do Brasil, 20 quilos foram para a Venezuela

    O presidente Executivo da Associação de Supermercados do estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Rossi, afirmou à CNN, nesta quinta-feira (10), que não há risco de desabastecimento e fez um apelo para que os consumidores façam trocas na hora de fazer as compras de alimentos.

    “Sabemos que essa alta do preço está muito relacionada ao dólar caro, que gera um fomento à exportação. A nossa produção já foi menor do que no ano passado e o consumo interno aumentou por causa do auxílio emergencial e do distanciamento social”, iniciou ele.

    E acrescentou: “Então, uma grande ajuda é o apelo que faço ao consumidor, para que substitua os produtos que apresentaram essa alta significativa por outros que, por exemplo, tiveram baixa no preço”.

    “O arroz, por exemplo, posso substituir pela batata, por massas e aipim. O feijão, dizem os nutricionistas, [pode ser substituído] pela rúcula. Então, veja, quando você consome menos, a gente regula a oferta e a demanda, e os preços vão se ajudando”, concluiu.

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    Fábio Rossi, presidente Executivo da Associação de Supermercados do estado do RJ
    Fábio Rossi, presidente Executivo da Associação de Supermercados do estado do Rio de Janeiro, fala à CNN
    Foto: CNN (10.set.2020)

    Rossi ainda comentou a alta da exportação do arroz produzido pelo Brasil.  De janeiro a agosto de 2020, foram vendidos US$ 407,2 milhões em arroz por produtores brasileiros, segundo o sistema de dados Comex Stat, do Ministério da Economia — alta de 81,4% na comparação com o mesmo período de 2019.

    Para ele, a exportação em alta gera “a expectativa era a entrada de dólares no país e que o dólar baixe por conta disso” “E isso também ajuda”, defende. “Zerar a taxa de importação, como o governo fez, também ajuda. Fomentar o produtor rural também é uma grande ajuda, porque ele aumentará a produção. É uma série de fatores que resultará na equalização”, concluiu.

    De acordo com os dados do Comex Stat, que foram analisados pelo colunista de economia e diretor do CNN Brasil Business, Fernando Nakagawa, a Venezuela tornou-se o principal comprador do arroz brasileiro.

    A cada 100 quilos embarcados por produtores do Brasil, 20 quilos foram para o vizinho do norte. Ao todo, as exportações para a Venezuela saltaram 45,9%, para US$ 83,2 milhões de janeiro a agosto. Peru, Senegal, Costa Rica e Cuba completam a lista dos cinco maiores compradores do arroz brasileiro em 2020. 

    (Edição: Leonardo Lellis)

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