Em nova revisão, mercado sobe projeção de inflação para 2,65% em 2020
Já para o desempenho do PIB, a previsão das instituições financeiras é de queda de 5%, se mantendo estável em relação ao último relatório
A projeção do mercado financeiro para a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já está dentro da margem de tolerância da meta de inflação, em 2,65%. Até a semana passada, a estimativa ainda era de 2,47%, abaixo do piso da meta.
Para este ano, o centro da meta é de 4% com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa básica de juros, a Selic, atualmente na mínima histórica, a 2% ao ano.
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Já para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), a previsão das instituições financeiras é de queda de 5%, se mantendo praticamente estável em relação a semana anterior, que previa recuo de 5,03%. No fim de junho, no entanto, a expectativa o mercado para a contração do PIB alcançou o pior pico, quando era esperado um tombo de 6,54%.
Os números são do relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.
As expectativas do mercado estão em linha com a previsão do Banco Central, que espera recuo de 5% da atividade. O valor também está próximo das novas projeções oficiais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que, ao em vez de quedas de 8% e 9,1%, respectivamente, esperadas anteriormente, vêem retração de 5,4% e 5,8% na economia brasileira.
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também melhorou a previsão de recessão da economia brasileira para 6,5%, ante 7,4% previsto anteriormente.
Enquanto isso, a estimativa oficial da equipe econômica permanece em queda de 4,7%. O ministro da Economia, Paulo Guedes, no entanto, já afirmou que a contração da atividade econômica será abaixo do patamar dos 4%. A recessão de 2020 será reflexo dos impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma retração.
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