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    Amazon aposta em Prime Day na América Latina para enfrentar rivais locais

    No Brasil, companhia ainda fica atrás de Mercado Livre, Magazine Luiza, B2W e Via Varejo

    As vendas totais da Amazon.com dispararam durante a pandemia de coronavírus, mas na América Latina a maior varejista online do mundo vive uma disputa com rivais locais enquanto lança seu Prime Day no México e, pela primeira vez, no Brasil.

    Durante o evento anual de compras, que acontece nesta terça (13) e quarta-feira (14) e abrange 19 países, a empresa vai mostrar novamente os descontos e frete grátis que vêm junto com o serviço pago Prime — uma estratégia que ajudou a Amazon a atrair novos compradores em todo o mundo.

    Mesmo assim, analistas dizem que a Amazon enfrenta uma batalha difícil nas duas principais economias da América Latina, onde o sucesso ou o fracasso definirão a barreira para que ela possa vencer o resto da região.

    “A Amazon na América Latina não é o monstro que é nos Estados Unidos”, disse Marcos Pueyrredon, presidente do Instituto de comércio eletrônico com sede em Buenos Aires.

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    Amazon
    Entregador da Amazon em Denver, Colorado (EUA), em meio à pandemia de coronavírus (22.abr.2020)
    Foto: Kevin Mohatt/Reuters

    A Amazon não divulga dados de vendas específicos para cada país, mas as estatísticas de tráfego do site sugerem que a Amazon está lutando para acompanhar o Mercado Livre.

    No México, onde a Amazon lançou seu mercado em 2015, ficou em segundo lugar atrás do Mercado Livre para a maioria dos visitantes únicos em agosto, de acordo com a empresa de análise de mídia ComScore.

    No Brasil, um mercado mais fragmentado ao qual a Amazon ingressou em 2017, a companhia ficou em quinto lugar atrás do Mercado Livre e de potências locais do e-commerce como Magazine Luiza, B2W e Via Varejo.

    Gloria Canales, chefe de marketing da Amazon no México, disse que a empresa está satisfeita com o crescimento naquele país e continuará investindo.

    “Nós nos esforçamos todos os dias para adicionar seleção, melhorar as taxas de envio, melhorar nossos métodos de pagamento. Estamos confiantes de que é isso que nos torna bem-sucedidos.”

    Não é que a Amazon, que em julho registrou o maior lucro em seus 26 anos de história, não possa se dar ao luxo de jogar o jogo longo.

    O Prime, que no México cobra dos usuários cerca de US$ 4,67 por mês ou US$ 42,38 por ano e oferece uma série de músicas, jogos e televisão original junto com frete grátis, “tem sido um dos maiores motores de crescimento que nós tivemos no país “, disse ela.

    A tempo para o Prime Day, a Amazon abriu recentemente seus primeiros centros de atendimento fora da área da Cidade do México, um em Guadalajara e outro em Monterrey.

    Esses enormes centros de distribuições com estoques de produtos essenciais ajudarão a acelerar o envio para mais regiões.

    No Brasil, onde o Prime custa R$ 9,90 por mês ou R$ 89 por ano, a Amazon começou a oferecer o serviço há apenas um ano. Desde então, tem visto o crescimento mais rápido de assinaturas de qualquer mercado Prime, com membros agora em 95% dos municípios, disse a Amazon em um comunicado.

    No entanto, o Prime sozinho pode não ser suficiente para impulsionar o avanço da Amazon, disse Gene Munster, sócio-gerente da Loup Ventures, apontando estoques e distribuição como duas áreas essenciais em que a Amazon precisa melhorar.

    “Sem dúvida está crescendo”, disse ele sobre o programa Prime. “Mas não é uma questão de crescer, mas de tentar acompanhar o Mercado Livre.”

    Isso pode ser um desafio, apesar do fato de que o líder local não tem um programa de vantagens para membros no mesmo nível do Prime. Somando-se à vantagem do Mercado Livre desde sua fundação em 1999, a empresa tem uma ampla base de vendedores e entende o território local.

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