Com início da retomada, concessões de crédito avançaram 7,3% em setembro
Concessões para empresas somaram R$ 150,2 bi, com alta de 10,6% ante agosto. Para os consumidores físicos, a alta foi de 4,4%, com um total de R$ 160,3 bi
As concessões de crédito livre, aquele no qual as taxas são acertadas entre o cliente e o banco, avançaram 7,3% em setembro, na comparação com o mês anterior. No total, R$ 310,5 bilhões foram concedidos no nono mês do ano.
Somente para empresas, as concessões somaram R$ 150,2 bilhões, com alta de 10,6% ante agosto. Para os consumidores físicos, a alta, apesar de menor, também foi significativa: de 4,4%, com um total de R$ 160,3 bilhões. Por outro lado, as ofertas de crédito direcionados, que são regulamentados pelo governo, para famílias recuaram 3,9% em setembro.
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Os dados fazem parte da Nota de Crédito do Banco Central, publicada nesta segunda-feira (26). Os números sinalizam um reaquecimento do consumo em meio a início da retomada econômica.
Com estoque total de R$ 3,809 trilhões, o saldo de crédito no Brasil avançou 1,9% em setembro, ante agosto. No mesmo mês de 2019, o saldo era de R$ 3,331 trilhão. Enquanto para empresas, o volume de crédito somou R$ 1,688 trilhão, para pessoas físicas, o valor totalizou R$ 2,121 trilhões no mês passado.
No geral, a taxa média de juros recuou 0,5 pontos percentuais, para 18,1%. Nos recursos livres para pessoas físicas a taxa caiu 1 ponto percentual, a 38% ao ano. Já para as empresas, a taxa média da categoria recuou 0,7%, a 11,4% ao ano.
A inadimplência dos brasileiros no segmento de recursos livres recuou para 3,1% em setembro. No mês anterior, o percentual era de 3,3%. Por outro lado, o spread bancário, que é a diferença entre o custo do dinheiro que os bancos captam e o que é cobrado do cliente, passou de para 21,1 pontos percentuais, ante 22,1 p.p em julho.
Juros do cartão de crédito recua
O juros total para o cartão de crédito rotativo caiu de 310,2% ao ano, em julho, para 309,9% a.a, em setembro. Essa foi a terceira queda mensal consecutiva. O valor é equivalente a uma taxa de 12,5% ao mês.
No rotativo regular, aquele no qual o cliente paga pelo menos 15% da fatura, a taxa de juros caiu de 270,3% em agosto para 268,6% em setembro. Por outro lado, pra aqueles consumidores que não pagaram nem o mínimo da fatura, a taxa avançou de 335,2% para 336,8%.
Na categoria do parcelado, a taxa do cartão de crédito saltou de 137,8% para 142,1%, também na comparação mensal.
Taxa do cheque especial avançou
Na modalidade do cheque especial, a taxa de juros subiu para 114,2% ao ano em setembro, ante 112,9% a.a em agosto. Essa é a segunda alta seguida na taxa. Vale destacar que este ano começou a valer o teto de 8% ao mês, ou 151% ao ano, para operações realizadas por pessoas físicas.
Já na modalidade do crédito consignado, descontado diretamente da folha de pagamento de aposentados, servidores públicos e/ou trabalhadores do setor privado, a taxa recuou levemente 18,9% ao ano para 18,5% a.a. Por descontar o pagamento de forma automática, essa modalidade é considerada mais segura pelos bancos, que correm menos risco de não receberem o pagamento.
O cenário para esses resultados é um momento em que a taxa básica de juros, a Selic, está em sua mínima histórica, em 2% ao ano.
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