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    Com pacto federativo, Guedes acredita que Brasil pode ter forte crescimento

    Ele acredita que a nova distribuição de responsabilidades entre a União, os estados e municípios pode trazer uma sequência de anos bons para a economia

    O ministro da Economia, Paulo Guedes: PEC do Pacto Federativo é o foco do Ministério 
    O ministro da Economia, Paulo Guedes: PEC do Pacto Federativo é o foco do Ministério  Foto: Adriano Machado/Reuters (19.ago.2020)

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender a aprovação do Pacto Federativo para que o país retome a trajetória fiscal. Ele acredita que a nova distribuição de responsabilidades entre a União, os estados e municípios pode trazer uma sequência de anos com forte crescimento da economia brasileira. 

    “Só precisamos enfrentar esse desafio. Se enfrentarmos o desafio de aprovar a PEC, o Brasil que já tá programado para uma fazer forte recuperação cíclica no ano que vem, deve crescer 3%, 3,5% até 4% em 2021, isso vira sequência de bons anos de crescimento forte, se tivermos esse novo regime fiscal”, afirmou em evento virtual da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), nesta quinta-feira (12). 

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    Na visão do ministro, a inclusão de uma cláusula de calamidade pública no texto do pacto federativo pode preparar o Brasil para o combate a uma possível segunda onda de pandemia ou outra calamidade. 

    “Não ficaremos mais um, dois, três meses para conseguir aprovar o Orçamento de Guerra e disparar as ajudas”, comentou. Ele acredita que a proposta, em tramitação no Senado, vai devolver o controle dos orçamentos públicos à classe política do Brasil. 

    Alta de preços temporária 

    Dois dias depois de dizer que o país corre risco de ter uma hiperinflação caso não consiga rola a dívida pública com urgência, o ministro voltou a afirmar que a alta de preços no setor de alimentos e da construção civil é temporária e transitória. 

    Para ele, o aumento nos preços dos produtores desses dois setores é causa de um consumo maior dos mesmo, que também é consequência do auxílio emergencial

    “É uma alta temporária de preços e é uma alta transitória de preços: na hora que o auxílio emergencial vem, e as pessoas estão em confinamento, estão em casa, elas gastaram um pouco em material de construção, melhoraram suas casas e foram ao supermercado e fizeram compras”, explicou. 

    “Com a redução gradual do auxílio, quando houver a aterrisagem, essa alta transitória de preços setoriais devem se acalmar”, completou. 

    Ele destacou, no entanto, que mesmo com uma alta temporária, o governo agiu de maneira rápida reduzindo tarifas de importação, como no caso do arroz. “Eliminamos impostos de importação, até porque estamos querendo abrir a economia”, lembrou. O ministro ainda garantiu que tal medida só continuará sendo usada em casos de abuso, uma vez que o Brasil já está entrando em acordos comerciais para a redução geral de tarifas.   

    De acordo com Guedes, o supermercado não tem responsabilidade da alta no preço dos produtos. “Temos que deixar a engrenagem funcionar: os preços do arroz subiram agora e nós reduzimos a alíquota de importação. Se interrompe aquela alta. O setor agrícola vai responder: com o preço mais alto, a produção vai aumentar e, daqui dois a quatro meses, os preços se estabilizam novamente”, defendeu.

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