Otimismo com tratamento contra Covid-19 faz Ibovespa fechar em alta e dólar cair
Nos Estados Unidos, o principal regulador de medicamentos autorizou o uso de plasma sanguíneo para pacientes com a Covid-19
A semana começou com ânimo do mercado financeiro brasileiro graças ao bom humor internacional e, no Brasil, a espera por um pacote de medidas econômicas que o governo federal vai apresentar.
Nos Estados Unidos, o principal regulador de medicamentos autorizou o uso de plasma sanguíneo para pacientes com a Covid-19. No Brasil, os quatro grandes bancos listados na B3 e a Eletrobras avançaram, puxando o crescimento do Ibovespa nesta segunda-feira (24).
Diante desse cenário, o Ibovespa fechou em alta de 0,77%, aos 102.297,95 pontos.
O dólar à vista fechou em leve queda ante o real, longe das mínimas da sessão, com as oscilações no mercado de câmbio se estabilizando na parte da tarde em meio a variações discretas nas moedas também no exterior.
O dólar caiu 0,22%, a R$ 5,5942 . Na mínima, atingida ainda na primeira hora de negócios, desceu a R$ 5,5593 (-0,85%) e, na máxima (alcançada por volta de 11h30), tocou R$ 5,613 (+0,11%).
Na pauta nacional, havia a expectativa para a entrega nesta terça de um pacote econômico com medidas para geração de emprego, ações para o corte de gastos públicos e ainda mudanças no projeto do Renda Brasil. Porém, o anúncio conjunto foi adiado e o governo ainda vai decidir quando deve acontecer.
“Sem dúvida o mercado está muito mais ansioso pelas medidas de corte de despesas, atração de investimentos em vista da situação fiscal e a garantia da manutenção do teto de gastos”, diz Rafael Ribeiro, analista de ações da Clear Corretora.
Destaques
As ações da Eletrobras (ELET6) lideraram os ganhos do Ibovespa esta segunda com avanço de 8%. Os investidores estão animados com rumores sobre a privatização da empresa e desde a semana passada os papéis da estatal aparecem entre as maiores altas.
Os grandes bancos ajudaram a puxar o crescimento do Ibovespa com avanços parecidos. O Bradesco (BBCD3) avançou 2,27%, Santander (SANB11) cresceu 1,56%, Itaú (ITUB4) teve valorização de 1,66% e o Banco do Brasil (BBAS3) avançou 2,69%.
A Sabesp (SBSP3) continua entre os destaques negativas com incertezas sobre sua privatização. As ações caíram 1,4%.
A Cogna (COGN3) recuou 2,9% depois de reportar, na sexta-feira, prejuízo de R$ 140 milhões no segundo trimestre. A empresa sofreu com a inadimplência e evasão de alunos.
Bolsas internacionais
Em Wall Street, investidores comemoravam a aprovação do novo tratamento contra a Covid-19 pela agência reguladora americana, a FDA. Com isso, os índices acionários dos Estados Unidos avançaram, com o S&P 500 crescendo 0,87% e o Dow Jones com valorização de 1,35%. O Nasdaq renovou mais uma vez seu recorde de fechamento ao subir 0,46%.
As ações europeias registraram seu melhor dia em quase duas semanas nesta segunda-feira, já que os sinais de progresso no desenvolvimento de um tratamento contra a Covid-19 compensaram temores sobre o ressurgimento de casos do vírus em todo o continente, o que poderia sufocar uma recuperação econômica.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 1,62%, a 1.440 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 1,58%, a 371 pontos
Na China, o mercado acionário fechou em alta nesta segunda-feira (24), com força no índice de start-ups, já que investidores comemoram as reformas do mercado para fortalecer o setor de tecnologia. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 0,78%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 0,15%.
(Com Reuters)
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