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    Bruno Funchal é nomeado novo secretário do Tesouro; Mansueto Almeida deixa cargo

    Mudança na direção da pasta, anunciada em junho, foi oficializada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (15)

    Diego Freire, , da CNN, em São Paulo

    O economista Bruno Funchal foi nomeado o novo secretário do Tesouro Nacional, em substituição a Mansueto Almeida, que declarou há um mês que deixaria o cargo. A nomeação de Funchal e a exoneração, a pedido, de Mansueto foram publicadas na edição desta quarta-feira (15) do Diário Oficial da União (DOU), em atos assinados pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto.

    Ainda em junho, a CNN antecipou que Funchal seria o escolhido para substituir Mansueto. 

    Ex-secretário da Fazenda do estado do Espírito Santo no governo Paulo Hartung, Funchal até então atuou como diretor de Programa do Ministério da Economia. Ele defende a adoção unificada de critérios fiscais para os entes federativos.

    Funchal participou das negociações do plano de ajuda a estados e municípios aprovado no Congresso, quando apoiou a adoção do repasse segundo um critério que estabelecia valor fixo, por entender que isso alinharia os interesses do executivo estadual com a União.

    Mansueto: ‘direção do ajuste fiscal não muda’

    Após repercussão negativa do mercado com o anúncio de sua saída, Manuseto falou à CNN em junho. Na ocasião, ele se disse cansado e ressaltou que sua saída foi uma decisão difícil em razão do bom relacionamento com Paulo Guedes. Segundo o analista da CNN, Igor Gadelha, ele deve seguir para a iniciativa privada.

    Mansueto afirmou que é importante avançar nas reformas tributária e administrativa para conseguir recuperar parte da arrecadação perdida em razão da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. “O maior desafio do pós-Covid é avançarmos nas reformas estruturais”, disse ele, citando a complexidade do sistema tributário brasileiro.

    Nesta quarta-feira, a Câmara dos Deputados deve retomar os debates sobre a reforma tributária – tema considerado “urgente” pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

    O ministro falou também que o investidor não deve se preocupar com a saída dele do cargo e ressaltou a importância de construir viablidade política para avançar nas reformas. “Bom diálogo político acalma investidores”, disse.

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