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    Em relatório preliminar, Bittar deixa auxílio emergencial fora do Orçamento

    Prorrogação do benefício fica depende da aprovação da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados, já aprovada em dois turnos no Senado

    Anna Russi e Larissa Rodrigues, , do CNN Brasil Business, em Brasília

    O parecer preliminar do Orçamento de 2021, apresentado pelo senado Márcio Bittar (MDB-AC), deixa a nova rodada do auxílio emergencial de fora da proposta orçamentária. Assim, a prorrogação do benefício fica depende da aprovação da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados, já aprovada em dois turnos no Senado Federal

    O relatório preliminar foi aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional na tarde desta quinta-feira (4). O texto final, no entanto, ainda será construído, com a votação final prevista para 24 de março. Pela Constituição, a votação final deveria ter ocorrido ainda em dezembro do ano passado.

    “Os recursos do relator geral são pouco mais de R$ 200 milhões a serem realocados, porque o Orçamento está no limite do Teto (de gastos). É com esse montante que o relator vai poder trabalhar para tudo”, comentou Bittar.

    Regra de Ouro

    De acordo com o texto, as despesas de 2021 devem somar R$ 4,291 trilhões. Desse total, R$ 453,7 bilhões ultrapassam a chamada “Regra de Ouro”. Ou seja,  embora constem das programações da receita e da despesa da Lei Orçamentária de 2021, a execução desses recursos depende da aprovação de projeto de crédito suplementar no Legislativo.

    O montante ainda é dividido por R$ 4,147 bilhões oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social, e outros R$ 144,3 bilhões são de investimento das estatais.

    Juntos, os ministérios da Economia, da Defesa e da Educação concentram 85,4% do total de despesas condicionadas, total de R$ 387,5 bilhões. O gasto do montante se concentra principalmente com benefícios previdenciários e despesas com pessoal e encargos sociais.

    Segundo Bittar, 93% das despesas previstas no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA 2021) são obrigatórias. 

    A proposta mantém também a regra fiscal do Teto de Gasto, que este ano, atualizadas pelo IPCA acumulado em doze meses encerrados em junho/2020, alcança o R$ 1.485,9 bilhão.

    “O teto, para além de ser o pilar da consolidação fiscal, permitirá, na visão do governo, fortalecer o arcabouço de proteção social, transferindo-se recursos de programas sociais ineficientes para os de comprovada eficácia no combate à pobreza”, ressalta o texto. 

    Ficam previstos R$ 170,2 bilhões em despesas com investimentos, valor equivalente a 2,2% do PIB.

    Com o objetivo de atender emendas apresentadas por senadores e deputados, o relator sugere um “corte prévio linear” de 2,2% no total dos recursos alocados em programações discricionárias do Executivo. Essa redução se restringe a ações classificadas como outras despesas correntes, investimento e inversões financeiras.

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