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    Coronavírus provoca queda de receitas e esgota cofres do Vaticano

    "Definitivamente temos anos difíceis pela frente", disse o padre Juan Antonio Guerrero, novo chefe do Secretariado de Economia do Vaticano

    Da CNN, em São Paulo*

    O Vaticano anunciou, no final de abril, que a pandemia de coronavírus havia forçado o papa Francisco a adiar uma campanha anual de arrecadação de recursos entre católicos de todo o mundo.

    O adiamento do “Óbolo de São Pedro” em mais de três meses, para o primeiro final de semana de outubro, ocorreu em um momento particularmente ruim, já que outras receitas, principalmente dos museus do Vaticano, despencaram.

    “Definitivamente temos anos difíceis pela frente”, disse o padre Juan Antonio Guerrero, novo chefe do Secretariado de Economia do Vaticano, ao site oficial Vatican News nesta quarta-feira (13).

    Ele estimou que a receita da Santa Sé cairá entre 25% e 45% por causa do coronavírus, dependendo de como as medidas de corte de custos funcionarem.

    A pandemia causou estragos nas finanças do Vaticano, forçando-o a recorrer aos fundos de reserva e a implementar algumas das mais difíceis medidas de controle de custos já feitas na pequena cidade-estado.

    Os principais administradores do Vaticano realizaram uma reunião de emergência no final de março, quando ordenaram o congelamento de promoções e contratações e a proibição de horas extras, viagens e grandes eventos.

    Um memorando interno checado pela agência Reuters informa que as decisões, válidas para o restante do ano, foram tomadas “para mitigar, pelo menos a curto prazo, o grave impacto econômico…e para evitar medidas drásticas imediatas”.

    O sistema Óbolo de São Pedro, que arrecada entre 50 a 65 milhões de dólares por ano, visa ajudar as atividades do papa como chefe da Igreja, de 1,3 bilhão de membros, e apoiar projetos de caridade nas áreas mais necessitadas do mundo.

    *Com Reuters

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