Ibovespa cai com reação ao PIB dos EUA; dólar tem leve queda
Resultados corporativos seguem na pauta dos investidores brasileiros
O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira com os investidores preocupados com a economia dos Estados Unidos. O índice recuou 0,56%, a 105.008,70 pontos.
O PIB norte-americano despencou 32,9% no segundo trimestre. Depois da notícia, a bolsa passou a ter queda mais forte e chegou perto dos 103 mil pontos.
O dólar fechou em leve queda ante o real nesta quinta-feira, seguindo o movimento da moeda norte-americana no exterior, após dados mostrarem tombo histórico na economia dos EUA no segundo trimestre.
O dólar à vista caiu 0,26%, a R$ 5,15 na venda. Ao longo da sessão, a moeda oscilou entre alta de 0,87%, a R$ 5,21, e queda de 0,54%, a R$ 5,14 reais.
Destaques
No Brasil, os balanços trimestrais de grandes companhias ainda são o principal foco dos investidores. Na véspera, a mineradora Vale anunciou lucro líquido de US$ 995 milhões no segundo trimestre. Os papéis da empresa recuaram 2,64% depois de atingir máxima histórica na quarta-feira.
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) teve queda de 20% no lucro líquido, apesar de crescimento expressivo nas vendas em meio à pandemia de Covid-19. As ações do GPA despencaram 6,27%.
Pela manhã, a fabricante de bebidas Ambev SA informou que seu lucro líquido caiu pela metade no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa encerrou em baixa de 3,96%.
Enquanto o Bradesco informou lucro líquido de R$ 3,5 bilhões, suas ações caíram 3,5%.A fraqueza na ação vem após acumular alta de mais de 7% nos primeiros três pregões da semana. Para o presidente-executivo, Octavio de Lazari Júnior, “não é possível ter uma visão (clara) ou dizer que o pior já passou.” No setor, Itaú caiu 1,7% e Banco do Brasil perdeu 3,2%.
Lá fora
As ações globais recuaram nesta sessão. As preocupações de investidores, agora, se concentram em torno do aumento dos casos de Covid-19 no mundo e do resultado do segundo trimestre para o PIB norte-americano, que despencou 32,9% no declínio mais forte desde a Grande Depressão.
Em Wall Street, apenas o Nasdaq cresceu (0,49%) otimista com a divulgação de resutlados das big techs depois do fechamento do mercado. O Dow Jones caiu 0,85% e o S&P 500 teve queda de 0,37%.
As ações europeias caíram para seu menor nível em um mês nesta quinta-feira, pressionadas por balanços decepcionantes, uma leitura ruim da saúde da economia alemã e comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que levantou a possibilidade de adiamento das eleições presidenciais norte-americanas de novembro.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 2,22%, a 1.399 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 2,16%, a 360 pontos, devolvendo todos os ganhos anteriores do mês.
Na China, os índices encerraram a sessão em baixa, com as ações de tecnologia e recursos básicos liderando as perdas. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,49%, enquanto o índice de Xangai recuou 0,23%.
(Com Reuters)
