Após passar mais de 24 horas com falhas na operação, Linha 9–Esmeralda é normalizada em SP
Nesta quarta-feira (4), circulação de trens acontecia por via única entre as estações Pinheiros e Morumbi desde as 4h
A operação na Linha 9–Esmeralda, administrada pela ViaMobilidade, em São Paulo, foi normalizada no final da tarde desta quarta-feira (4), após passar mais de 24 horas com falhas na operação.
Os problemas na linha começaram por volta de 14h da última terça-feira (3), com falha no sistema elétrico entre as estações Villa-Lobos Jaguaré e Morumbi.
Nesta quarta, havia circulação apenas entre as estações Pinheiros e Osasco, e a circulação de trens acontecia por via única entre as estações Pinheiros e Morumbi desde as 4h.
Segundo a ViaMobilidade, a operação foi normalizada às 17h22 desta quarta-feira.
“O trabalho de manutenção envolveu cinco frentes de trabalho, com cerca de 70 colaboradores. Para apoio na operação, 70 ônibus da operação Paese atenderam o trecho com maior impacto. Desde 13h58 de terça-feira (3), por conta de uma falha no sistema elétrico, a circulação de trens sofreu paralisação e operou com trechos em via única. Durante todo o período, os passageiros foram orientados pelos AAS (Agentes de Atendimento e Segurança) nos trens e estações”, afirmou a empresa.
De acordo com apuração da CNN, durante o período com falha, por estar operando em via única entre as estações Cidade Universitária e Pinheiros, os trens precisavam esperar cerca de 20 minutos na Villa-Lobos Jaguaré para prosseguir viagem.
Ao chegar a Pinheiros, todos os passageiros eram obrigados a desembarcar, já que os trens estavam retornando para a estação inicial.
Quem tinha como destino Bruno Covas/Mendes-Vila Natal, precisava embarcar em um dos ônibus emergenciais do sistema Paese, que estavam em frente à estação Pinheiros.
Os coletivos faziam a conexão até a estação Vila Olímpia, de onde estavam saindo as composições com destino ao extremo sul da capital paulista.
Confira abaixo a lista de estações afetadas pelo problema:
- Vila Olímpia
- Cidade Jardim
- Hebraica-Rebouças
- Pinheiros
Problemas desde terça-feira (3)
Os problemas na Linha 9-Esmeralda começaram na última terça-feira (3). A Comissão de Monitoramento de Concessões e Permissões (CMCP) do Governo de São Paulo afirmou que vai instaurar um procedimento para apurar o caso.
“A Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) monitora todas as ocorrências durante a execução do contrato das linhas concedidas. Qualquer inconformidade verificada é apurada e, se confirmada, as sanções e penalidades previstas em contrato são aplicadas”, afirma.
Segundo a CMCP, até o momento, foram instaurados 50 processos, que resultaram na aplicação de R$ 20 milhões em multa à ViaMobilidade, que opera, além da Linha 9, a Linha 8-Diamante.
“Além disso, foram aplicadas reduções de mais de R$ 36 milhões em repasses tarifários, relativos ao desempenho e da qualidade do serviço prestado pela concessionária”, finalizaram.
A Polícia Civil está investigando se a falha começou por conta de um tubo metálico.
Em nota enviada à CNN, a Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública (SSP) informou que um funcionário havia relatado que a equipe de manutenção encontrou ainda “pedras grandes estranhas ao sistema” e “gradis de proteção abertos”.
Um inquérito foi instaurado para apurar os fatos, conforme informou a SSP. A Polícia Civil também acionou a perícia, analisa as imagens e ouvirá testemunhas para entender o ocorrido.
Estudos sobre privatização continuarão
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou, na manhã de terça-feira, durante a greve dos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp, que os estudos para a privatização das três empresas continuarão.
“Vamos continuar estudando as privatizações (Metrô e CPTM) e a da Sabesp está mais adiantada, com consulta às prefeituras e ao TCM”, destacou.
Para Tarcísio, a greve teve motivação política, citando que as direções dos sindicatos são compostas por partidos que “não dialogam” com a população, tanto que não cumpriram o acordo judicial de manutenção básica dos serviços no Metrô e na CPTM.
“Ano que vem tem eleição (municipal) e os sindicatos já programam outras greves, é um abuso”, frisou.