“Greve foi tiro no pé”, diz pré-candidata Tabata Amaral à CNN
"As greves são legítimas, mas usá-las assim por motivos politiqueiros diminui a força das lutas dos trabalhadores", afirmou a pré-candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo
Enquanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado Guilherme Boulos (PSOL) polarizaram ontem nas redes sociais o debate sobre a greve dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Metrô e Sabesp, a deputada Tabata Amaral, pré-candidata do PSB à Prefeitura de São Paulo em 2024, optou pelo silêncio.
Terceira colocada nas pesquisas de intenção de voto atrás de Boulos e Nunes, Tabata disse à CNN que preferiu esperar porque seu posicionamento não caberia em uma postagem.
Vídeo: Críticas de Tabata a Boulos irritam PSOL e PT
“Não tenho o menor receio em me posicionar, mas quando isso vem para agregar, e não para ganhar like. Um tuíte meu ontem não mudaria nada”, afirmou a parlamentar pessebista.
A pré-candidata do partido do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Márcio França foi contundente.
“A greve foi um tiro no pé. Esse é um instrumento muito importante para ser banalizado. As greves são legítimas, mas usá-las assim por motivos politiqueiros diminui a força das lutas dos trabalhadores”, afirmou.
Os sindicatos das categorias envolvidas na greve exigiam o fim do projeto de privatização da Sabesp e de linhas da CPTM e do Metrô, além de um plebiscito para a população decidir sobre o tema.
Boulos se manifestou favoravelmente ao movimento, enquanto Nunes se alinhou ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) nas críticas ao que chamou de partidarização do movimento, que tem o PSOL e o PCdoB na liderança.