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    Dólar vai a R$ 5,53 com incerteza fiscal ainda em pauta; Ibovespa fecha em queda

    É o maior patamar da moeda americana desde 22 de maior, quando o dólar valia R$ 5,57

    Do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (19), mas se manteve acima dos 100 mil pontos, em sessão de ajustes após fortes ganhos na véspera, com as ações da Cogna e da Sabesp entre as maiores quedas.

    O principal índice da bolsa brasileira recuou 1,19%, a 100.853,72 pontos, perto da mínima da sessão.

    Na pauta, o mercado financeiro aguardava ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), o BC americano. No documento, o órgão descarta medidas como controle da curva de juros e afirma que avalia ajustes que podem resultar na manutenção das agressivas medidas de estímulo.

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    O documento, referente ao encontro de 28 e 29 de julho, também mostrou que as autoridades estão preocupadas com o risco de que a recuperação da contração econômica provocada pela pandemia de Covid-19 mostre uma trajetória incerta.

    O dólar voltou a mostrar firme alta ante o real nesta quarta-feira, indo a máximas em quase três meses, com o mercado de câmbio afetado ainda por incertezas em relação ao cenário fiscal no Brasil, o que também impactou os juros futuros.

    O dólar à vista subiu 1,14%, a R$ 5,53 reais na venda, maior patamar desde 22 de maio (R$ 5,57).

    O real teve o pior desempenho entre as divisas comparáveis neste pregão. Às 15h29, com o dólar perto das máximas do dia, o Banco Central anunciou oferta líquida de US$ 500 milhões em contratos de swap cambial. A moeda desacelerou os ganhos, mas, faltando uma hora para o fim das operações no mercado à vista, recuperou terreno até encerrar próxima dos picos intradiários.

    O BC vendeu todo o lote de 10 mil contratos de swap cambial ofertados.

    Ao longo do dia, o dólar variou entre alta de 1,29% e queda de 0,60%, a R$ 5,43

    Destaques

    As ações da Cogna (COGN3) estavam entre as que tiveram maior desvalorização no pregão de hoje. Isso porque o Credit Suisse iniciou a cobertura e já recomendou venda do papel. As ações da empresa de educação caíram 5,46%, a R$ 6,58. O Credit Suisse fixou preço alvo do papel em R$ 6. 

    Também no campo das perdas, a Sabesp (SBSP3) teve uma queda de 5% após o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB) falar sobre capitalização da companhia paulista de água e saneamento, trazendo dúvidas sobre uma esperada privatização da empresa. A notícia fez com que os papéis da Sabesp chegassem a cair 11% no pregão.

    As preferenciais da Eletrobras (ELET6) caíram 3,52%, ainda afetadas por declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na véspera, de que não acredita ser possível consenso entre a Casa e o Senado para aprovar a privatização da elétrica neste ano.

    A Petrobras (PETR4) caiu 0,56%, abandonando ganhos do começo da sessão, em mais uma sessão de fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo. A companhia também comunicou nesta quarta-feira que renegociou um pagamento à vista de cerca de R$ 2 bilhões à Fundação Petros, que agora será parcelado em 20 anos.

    A Vale (VALE3) recuou 1,06%, mesmo com nova alta do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, contudo, a Gerdau (GGBR4) subiu 2,72%, respaldada pelo JPMorgan, que elevou a recomendação das ações a ‘overweight’, com preço-alvo de R$ 23 – upside de 18% ante o fechamento na terça-feira.

    Na contramão das quedas, o setor de proteínas animais avançou com as empresas impulsionadas por balanços positivos divulgados na última semana. A Marfrig (MRFG3) avançou 5,97% enquanto a JBS (JBSS3) subiu 3%. 

    Lá fora 

    Wall Street encerrou em baixa nesta quarta-feira depois que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) levantou preocupações de que a recuperação econômica norte-americana dos efeitos devastadores da pandemia enfrenta um caminho altamente incerto.

    Na ata da reunião do Fed de julho, o comitê de política monetária disse que a rápida recuperação do emprego observada nos meses de maio e junho provavelmente desacelerou e que uma “melhora substancial” adicional no mercado de trabalho dependeria de uma reabertura “ampla e sustentada” da atividade empresarial.

    O Dow Jones caiu 0,31%, para terminar em 27.692,88 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,44%, a 3.374,85 pontos. O Nasdaq desvalorizou-se 0,71%, a 11.318,64 pontos.

    Na contramão do mercado, as ações da varejista Target subiram 12,65% depois que o balanço do segundo trimestre mostrou forte crescimento das vendas e receita online, que quase triplicaram. 

    Na Europa, as bolsas fecharam em alta nesta quarta-feira após novas máximas recordes para os principais índices de Wall Street, enquanto as companhias aéreas do Reino Unido se recuperaram em meio à esperança de um período de quarentena mais curto para os viajantes.

    Depois de um início fraco para o pregão, o índice FTSEurofirst 300 subiu 0,68%, a 1.435 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,65%, a 370 pontos.

    As ações de Xangai fecharam em baixa nesta quarta-feira após três sessões consecutivas de ganhos, com os investidores realizando lucros em papéis de saúde e tecnologia com alto valor enquanto o adiamento das negociações comerciais com os Estados Unidos também afetava o sentimento.

    O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, perdeu 1,5%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,24%.

    *Com informações da Reuters

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