PL culpa Boulos por greve no metrô e volta a negar apoio a Salles para Prefeitura de SP
Apesar de pressão interna no partido, presidente do PL reafirma que não irá apoiar Ricardo Salles, que diz estar "de volta ao jogo"
Interessado na Prefeitura de São Paulo em 2024, o PL de Jair Bolsonaro tenta colar a responsabilidade pela greve do metrô desta terça-feira (3) no pré-candidato da esquerda, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
Em linha com o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, avaliou à CNN que o episódio grevista é capaz de retirar apoios de Boulos. “A greve foi organizada pela esquerda, é política. Essa é a diferenca da esquerda pra direita. A esquerda prejudica a vida das pessoas, nós não”, disse.
Um dia antes da greve, Costa Neto se reuniu com Tarcísio de Freitas. Segundo ele, a paralisação do metrô era esperada e vista como um ato político.
A confusão que se instalou na cidade de São Paulo e região metropolitana aquece a disputa pela prefeitura paulistana e fez ressurgir a candidatura do deputado federal
De volta?
Nas redes sociais, o deputado federal Ricardo Salles (PL) escreveu “back to the game”, que, em tradução literal, significa “de volta ao jogo”.
À CNN, o parlamentar confirmou que o jogo que está falando é o das eleições de 2024.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de o PL apoiar Salles, Costa Neto sorriu e voltou a rejeitar qualquer tipo de apoio ao parlamentar, apesar da pressão interna do partido.
“Ninguém de extrema direita levará a eleição de São Paulo, não em uma cidade de esquerda. Poderia dizer que São Paulo é uma cidade de centro-esquerda. Não podemos errar ou a prefeitura vai cair nas mãos do Boulos”, respondeu à CNN.
Costa Neto saiu em defesa da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que ele afirma não ter tido culpa nenhuma por não conseguir evitar a greve na capital.
A CNN tenta contato com o deputado Guilherme Boulos.
