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    Emergentes vão precisar de US$ 2,5 trilhões para superar crise, diz FMI

    Fundo estima que 170 países devem registrar contração no PIB neste ano, devido aos impactos do coronavírus

    Comunidade na África do Sul

    Agentes de saúde conversam com moradores durante testagem de Covid-19 em Lenasia, na África do Sul 21/04/2020

    Foto: REUTERS/Siphiwe Sibeko

    A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que, desde o início da pandemia de coronavírus,e que essas economias vão precisar de US$ 2,5 trilhões para superar a crise. “Estamos muito preocupados com países emergentes e em desenvolvimentos”, disse, durante seminário virtual promovido pelo think tank Atlantic Council.

    Durante o evento, Georgieva revelou que o FMI projeta que 170 países devem registrar contração no Produto Interno Bruto (PIB) este ano, comparado com a previsão, antes da covid-19, de que 160 teriam expansão.

    Para ela, a recessão pode ser pior que o cenário projetado de retração de 3% no PIB global, caso os efeitos mais graves da pandemia se prolonguem pelo segundo semestre.”Pela primeira vez, precisamos integrar modelos epidemiológicos com macroeconômicos para fazer as previsões”, destacou.

    A economista búlgara informou que o Fundo já recebeu mais de 100 solicitações por ajuda emergencial. “Tenho muito orgulho em dizer que mais da metade já foi processado e desembolsado”, salientou, acrescentando que o órgão dispõe de quatro vezes mais recursos do que durante a crise financeira de 2008.

    Em relação à escalada das dívidas soberanas por conta da resposta ao vírus, Georgieva pontuou que espera que os juros ficarão baixos “por um longo tempo”, o que deve atenuar o impacto da carga trazida pelo aumento substancial das despesas.

    Mesmo assim, ela destacou a iniciativa do G-20 para aliviar a dívida de países pobres e revelou que a comunidade internacional já teve progresso nas negociações com credores privados para medida semelhantes.

    Sobre a China, Georgieva disse que o país asiático não tem o mesmo espaço fiscal para lidar com a crise atual como em 2008. “As ações na China têm sido prudentes e direcionadas”, analisou.

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