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    Ações de aéreas europeias recuam fortemente após Trump restringir viagens

    Os papéis da Air France já tiveram uma desvalorização de 60% desde o início do surto de coronavírus; alemã Lufthansa caem 7,5%

    Reuters

    Ações de companhias aéreas europeias recuavam fortemente nesta quinta-feira, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, restringiu as viagens da Europa aos Estados Unidos por 30 dias para tentar conter a propagação do coronavírus.

    A medida é outro revés para um setor que foi atingido por restrições anteriores de viagens em todo o mundo e vem enfrentando a queda nos volumes de passageiros devido ao surto do vírus, agora classificado como pandemia.

    O analista do Credit Suisse, Neil Glynn, disse que a rota transatlântica é “o principal impulsionador de lucro” das companhias aéreas europeias.

    Com 20% a 30% de suas receitas de passageiros provenientes dessa rota, Glynn destacou os danos causados nas próximas semanas e potencialmente no verão do hemisfério norte.

    As ações da Air France, que perderam quase 60% de seu valor desde que o surto de coronavírus chegou à Europa, caíam outros 6,29%.

    A alemã Lufthansa e a IAG, dona da British Airways e da Iberia, caía 7,5%.

    As ações da Norwegian Air Shuttle, que opera voos transatlânticos, despencavam mais de 20%.

    O setor aéreo foi o mais afetado pelo surto do coronavírus, com a queda na demanda de viagens e a Itália em quarentena obrigando as companhias a cancelar rotas e reduzir custos para tentar sobreviver à crescente crise.

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