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    Criação de emprego com carteira assinada desacelera em abril para 120 mil postos

    No primeiro quadrimestre do ano, o Brasil acumula 957.889 novas vagas de trabalho formal

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília

    Apesar de ter desacelerado, o mercado de trabalho formal ainda registrou saldo positivo em abril, com a criação de 120.935 empregos com carteira assinada no país.

    O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que apesar de parecer um número menor em relação aos meses imediatamente anteriores, o resultado de abril é positivo, uma vez que esse foi o “mês que sentiu maior impacto da segunda onda de Covid”.

    “Em contraste com o grande choque da primeira onda que destruiu quase 1 milhão de empregos em abril de 2020, criamos 120 mil empregos em abril deste ano, quando houve esse impacto da segunda onda”, observou.

    Resultado de 1.381.767 contratações e 1.260.832 demissões, o número é 31,8% menor que as mais de 177 mil vagas abertas em março. Esse é o segundo mês seguido de desaceleração no ritmo da criação de empregos, visto que em fevereiro o saldo foi recorde histórico, com 398 mil novos postos de trabalho. 

    “O ritmo de criação de emprego no mês de abril foi mais lento porque foi o grande impacto quando as mortes atingiram o pico dessa segunda onda. Então, o distanciamento social e a prudência fizeram com que houvesse uma retração nesse ritmo de geração de empregos”, admitiu o ministro.

    Ainda assim, o número é bem melhor do que em abril do ano passado, quando o país fechou mais de 963 mil empregos formais com o ápice do impacto da pandemia no mercado de trabalho. Os números foram divulgados pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia nesta quarta-feira (26). 

    No primeiro quadrimestre do ano, o Brasil acumula 957.889 novas vagas de trabalho formal. Com isso, quase se confirma a expectativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de dois quadrimestres consecutivos de criação de 1 milhão de empregos.

    “Se conseguirmos manter um ritmo de 1 milhão de empregos a cada quatro meses, a taxa de desemprego formal vai cair rapidamente nos próximos 1 ano e meio de governo que temos”, comentou Guedes.

    Carteira de Trabalho
    Carteira de Trabalho e Previdência Social
    Foto: Marcos Santos/USP Imagens

    Serviços na liderança

    Tanto no acumulado de janeiro a abril como no resultado mensal, a criação de empregos foi liderada pelo setor de serviços, que em 2020 foi um dos mais afetados pelas medidas de distanciamento social exigidas em meio à pandemia. Sozinho, o setor abriu 57.610 postos de trabalho em abril e 400.455 no primeiro quadrimestre.

    Os demais setores da atividade econômica também registraram saldo positivo em abril e no acumulado do ano. No mês, os menores saldos foram no comércio e na agropecuária, respectivamente, com 10.124 e 11.145. De janeiro a abril, os dois setores também foram os que tiveram menor criação de empregos, com 72.109 e 103.559 vagas, respectivamente.