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    BNDES avalia empréstimos para hospitais, etanol e bens de capital

    Empréstimos estão sendo organizados pelo BNDES e por um pool de bancos privados e focados nos setores mais afetados pelo isolamento social

    Raquel Landimda CNN

    Outros três setores devem ser beneficiados por empréstimos dos BNDES e dos bancos privados para grandes empresas com o objetivo de superar a crise do novo coronavírus. São eles: hospitais, etanol e bens de capital, conforme apurou o CNN Business com fontes próximas às negociações.

    Na semana passada, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, informou em videoconferência com investidores que os pacotes de apoio organizados pelo banco devem sair em maio e poderiam beneficiar até 10 setores.

    Ele não detalhou todos os setores beneficiados, mas admitiu que as negociações estariam mais avançadas com as empresas aéreas, o varejo não alimentício, o setor automotivo e as distribuidoras de energia.

    Os empréstimos estão sendo organizados pelo BNDES e por um pool de bancos privados e focados nos setores mais afetados pelo isolamento social. Não está previsto subsídio do banco estatal e o objetivo é dividir o risco entre as instituições financeiras, que estão expostas a eventuais calotes das empresas.

    Pessoas que acompanham as conversas dizem que os setores de hospitais, usinas de etanol e fabricantes de bens de capital também vem sendo muito prejudicados pela crise. Nos hospitais, houve forte aumento de despesas por causa da epidemia e o cancelamento de procedimentos eletivos, que costumam remunerar melhor.

    No setor de bens de capital, está marcada para esta sexta-feira uma reunião de Montezano com representantes das empresas. Os fabricantes de máquinas e equipamentos estão pleiteando R$ 7 bilhões para capital de giro, a fim de pagar fornecedores, funcionários e impostos.

    Segundo a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), as vendas de máquinas estão caindo 55% em relação ao ano passado e mais de 30% dos pedidos em carteira foram cancelados por causa da pandemia.

    Já as usinas de etanol estão pedindo R$ 9 bilhões para financiar a estocagem do combustível. O pleito tem o apoio do ministério da Agricultura. A meta é guardar 6 bilhões de litros para reforçar o caixa e tentar segurar os preços. O litro de etanol caiu de R$ 2 para R$ 1,4 desde o início da cris – abaixo de R$ 1,70, a rentabilidade fica comprometida.

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