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    Base governista tenta driblar ameaça de obstrução na Câmara e aprovar texto para aumentar arrecadação

    Bancadas importantes e grandes no Congresso têm ameaçado obstruir os trabalhos no plenário da Câmara em reação a uma suposta ingerência do STF em temas que esses parlamentares creem ser de análise exclusiva do Legislativo

    Luciana Amaralda CNN , Brasília

    A base governista tenta driblar a ameaça de obstrução na Câmara dos Deputados e aprovar ao menos um projeto de lei que ajude a aumentar a arrecadação da União no plenário da Câmara dos Deputados nesta semana.

    No caso, o projeto que trata da taxação de fundos offshores e exclusivos está na mira do governo federal dentro do Parlamento. Esse texto é uma das prioridades da base aliada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Bancadas importantes e grandes no Congresso têm ameaçado obstruir os trabalhos no plenário da Câmara em reação a uma suposta ingerência do Supremo Tribunal Federal (STF) em temas que esses parlamentares creem ser de análise exclusiva do Legislativo.

    Por exemplo, a tese do marco temporal, ampliação do aborto e a descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal.

    Eventual reunião de líderes nesta terça (3) deve indicar qual caminho será tomado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidários da Casa.

    Os governistas ainda têm certa pressa porque Arthur Lira e alguns líderes viajam no próximo dia 10 para a Índia, onde participam de evento que reúne representantes do Legislativo do G-20.

    De lá, seguem para a China em visita oficial ao Parlamento chinês e a autoridades locais.

    A previsão é que fiquem cerca de 10 dias fora do Brasil. Nesse meio tempo, a tendência é que não haja a votação de matérias importantes e polêmicas no plenário da Câmara.

    O líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), avalia que a obstrução à votação de pautas importantes no plenário é um “direito” da oposição, mas que os parlamentares oposicionistas são minoria.

    Randolfe minimizou qualquer problema com a bancada evangélica e disse que a bancada ruralista já teve o “tema central” votado pelo Senado. No caso, o marco temporal para a demarcação de terras indígenas na semana passada.

    No Senado, para esta semana, a prioridade dos governistas é avançar com o projeto de lei que prevê transferências a fundos de estados e municípios para recuperar perdas de 2023 em relação a 2022 e que também prevê compensação de R$ 27 bilhões da União pelo corte do ICMS sobre combustíveis do ano passado.

    Outro pano de fundo é o centrão e a espera de uma troca na presidência e nas diretorias da Caixa Econômica Federal, que depende da vontade do presidente Lula.

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