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    Ford acusa sindicatos de Camaçari e Taubaté de greve ilegal

    A medida é uma reação da montadora após ter sido impedida pela Justiça do Trabalho de demitir funcionários antes de finalizar as negociações

    Raquel Landimda CNN

    A Ford entrou com um pedido de liminar contra os sindicatos dos metalúrgicos de Camaçari (BA) e Taubaté (SP), com a alegação de promoção de greve ilegal.

    A medida é uma reação da montadora após ter sido impedida pela Justiça do Trabalho de demitir funcionários antes de finalizar as negociações coletivas com os sindicatos.

    Em janeiro deste ano, a Ford informou que deixaria de produzir veículos no Brasil e fecharia suas três fábricas. A montadora também possui uma unidade em Horizonte (CE).

    A batalha jurídica levou a Justiça a promover duas audiências de conciliação entre a montadora e os sindicatos nesta sexta-feira (12), mas ainda sem resultados concretos.

    A montadora alega que os sindicatos se recusam a negociar e que estão fazendo greve ilegal, porque grupos de trabalhadores foram convocados a fabricar peças de reposição, mas não compareceram.

    Os sindicatos rebatem que a empresa não forneceu todas as informações necessárias sobre sua situação financeira e sobre a remuneração dos trabalhadores para que possam negociar um acordo em igualdade de condições. Em média, a Ford ofereceu bônus de 25 salários extras.

    “Estamos negociando uma reparação pela saída da empresa do Brasil e não apenas uma demissão incentivada. É muito mais grave”, disse à CNN Júlio Bonfim, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari.

    O sindicato de Taubaté afirmou que a Ford age de “má-fé, uma vez que não existe greve na fábrica”. “Quem paralisou as atividades na unidade foi a montadora, e a própria empresa entrou com o dissídio coletivo de greve”, disse em nota o sindicato.

    Procurada, a Ford preferiu não comentar. Em nota, a empresa já havia informado que segue mantendo os contratos e o pagamento dos salários enquanto duram as negociações. As audiências prosseguem após o Carnaval.