Bolsa sobe e zera perdas em 2020; dólar cai à espera de pacote nos EUA
Investidores internos ainda repercutem divulgação da ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça
O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira e passou a operar no azul em 2020. O principal índice da bolsa de valores brasileira subiu 1,34%, para 116.148 pontos. O Ibovespa começou o ano aos 115.645 pontos.
Já o dólar fechou em queda frente ao real. A moeda americana recuou 0,77%, negociada aos R$ 5,0873 na venda. Foi um dia positivo para ativos de risco – como o real – do mundo todo.
Expectativas de que os parlamentares dos Estados Unidos possam aprovar um pacote de US$ 1,4 trilhão em gastos para acelerar a recuperação econômica do país e avanço dos programas de vacinação foram o principal fator de pressão sobre o preço do dólar.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira impulsionados pelo enfraquecimento do dólar. O Brent para fevereiro avançou 0,93%, a US$ 50,76 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), maior valor para o contrato desde março.
Com isso, os papéis da Petrobras fecharam o dia em alta. As ações preferenciais (PETR4) subiram 0,83% enquanto as ordinárias (PETR3) avançaram 1,29%.
No âmbito doméstico, o ministro da Economia, Paulo Guedes, alterou a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021 e incluiu a meta fiscal fixa de déficit de R$ 247,1 bilhões. O texto enviado inicialmente, em abril deste ano, propunha uma meta flexível, dependendo das condições econômicas, o que causou reação do Tribunal de Contas de União. O Congresso vai analisar a LDO em sessão marcada para quarta-feira (16).
Além disso, o mercado avalia a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, publicada nesta terça-feira. A autarquia prevê que os estímulos montérias implementados pelos principais bancos centrais ao redor do mundo devem ter longa duração.
“A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes”, avalia o documento.
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A autoridade sinalizou ainda que, em função do quadro inflacionário, a taxa básica de juros precise ser reajustada para cima no curto prazo. Na véspera, o relatório Focus apontou alta pela 10ª semana seguida na expectativa para a inflação este ano, chegando a 4,35%.
Bolsas internacionais
Wall Street teve um salto nesta terça-feira com seus principais índices fechando perto de níveis recordes, ajudados pelo otimismo sobre um potencial estímulo do governo e apostas em mais sinais de política monetária estimulativa quando acabar a última reunião do Federal Reserve em 2020.
O Dow Jones subiu 1,13%, aos 30.199 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 1,29% para 3.694 pontos e o Nasdaq Composite avançou 1,25% para 12.595 pontos.
A Apple Inc avançou 5% e foi o principal impulso para os três principais índices acionários de Nova York, atingindo seu nível mais alto desde setembro, após notícia de que a empresa planeja aumentar a produção do iPhone em 30% no primeiro semestre de 2021.
As ações europeias subiram nesta terça-feira, depois que a União Europeia (UE) antecipou a data para aprovação de uma vacina contra a Covid-19, enquanto os mercados em Londres recuaram devido a restrições pandêmicas mais rígidas e a uma libra mais valorizada em meio a esperanças de um acordo comercial do Brexit.
O índice FTSE 100, de Londres, fechou em queda depois de notícias de que negociadores do Reino Unido e da União Europeia podem estar perto de um acordo. O índice Financial Times recuou 0,28%, a 6.513,32 pontos.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,25%, a 392,84 pontos.
Já na China, o índice de blue-chips fechou a terça (15) em alta, impulsionado por dados positivos da indústria e pela injeção de liquidez realizada pelo banco central do país. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve alta de 0,21%, puxado pelo avanço de 2,6% no subíndice de saúde.
(Com Reuters)
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