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    Braço de investimentos da XP para empresas atinge R$ 50 bi em ativos

    Empresa tem como estratégia diversificar a base de clientes para ampliar e atingir meta de R$ 100 bilhões nos próximos 18 meses

    Aluisio Alves, da Reuters

    Sede da XP Investimentos
    Sede da XP Investimentos, em São Paulo: XP tem meta de atingir R$ 100 bilhões em investimentos 
    Foto: Amanda Perobelli/Reuters

    A XP Inc atingiu neste mês cerca de R$ 50 bilhões em investimentos sob custódia de empresas e planeja dobrar sua rede de atendimento a esse público em 2021, como parte da meta de atingir cerca de R$ 100 bilhões nos próximos 18 meses.

    Os planos fazem parte de estratégia da XP para diversificar a base de clientes, ainda bastante concentrada em pessoas físicas, diz à Reuters o chefe da XP Empresas, Rodrigo Moreira.

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    Criada há cerca de um ano com foco em companhias com receita anual entre 50 milhões e R$ 1 bilhão por ano, a unidade atendeu de início empresas pertencentes a pessoas que já eram clientes pessoa física na XP.

    A divisão passou neste ano a oferecer crédito, antes de incluir também na prateleira derivativos de balcão e soluções de câmbio.

    Mas com os efeitos da pandemia trazendo entre as consequências econômicas o aumento da taxa de poupança entre as famílias, um movimento similar ocorreu no meio empresarial, levando várias das companhias que conseguiram sobreviver à recessão a também reforçarem o caixa e a buscarem melhores ferramentas de gestão para esses recursos do que as encontradas nos bancos.

    Esse movimento foi uma novidade no país, onde a taxa de poupança das empresas, assim como das pessoas, sempre foi historicamente baixa.

    Com a pandemia, veio a percepção da necessidade de elevar o caixa, o que ficou mais acessível com redução do custos de capital, com a Selic a 2% ao ano, disse o executivo.

    “Mas em quase 100% das vezes, os grandes bancos oferecem que as empresas apliquem recursos do caixa em CDB; mas a maturidade delas sobre gestão de caixa tem crescido e elas estão procurando por alternativas melhores”, disse Moreira.

    Para a XP, esse cenário está dando vazão para os planos de tentar diversificar as fontes de captação.

    Hoje, cerca de 60% dos investimentos financeiros no Brasil são de pessoas físicas, com as empresas respondendo pelo restante.

    Dada a origem de foco no varejo desde seu surgimento, a XP tinha cerca de 90% dos ativos sob custódia oriundos de pessoas físicas, quando lançou o braço para empresas.

    Desde então, a captação oriunda de empresas tem sido ao redor de 20% do total da XP, mas ganhou pequeno acréscimo em relação ao total, dado que em 2020 também têm sido fortes as entradas de recursos por parte das pessoas físicas, disse Moreira.

    Com uma base de 35 mil empresas clientes atualmente, um aumento de 70% em 12 meses, a XP agora prevê ter atendimento especializado a empresas em 250 de seus 659 escritórios no fim de 2021, o dobro do atual.

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