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    Crise na Segurança alimenta fogo amigo contra Dino e dá fôlego a briga pela pasta

    PT pressiona nos bastidores para assumir o comando da área, hoje integrada à Justiça sob comando do PSB

    Clarissa OliveiraPedro Venceslauda CNN , em São Paulo

    Por trás do lançamento do novo Plano Nacional de Enfrentamento das Organizações Criminosas, realizado na manhã desta segunda-feira (2), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trava nos bastidores uma disputa intensa pelo comando da Segurança Pública.

    Como pano de fundo, o Partido dos Trabalhadores (PT) intensificou o fogo amigo na direção do ministro Flávio Dino (PSB), defendendo que o governo atue para reverter a imagem negativa e construir uma marca forte nesse segmento.

    Veja: Dino lança programa de segurança e diz: “Como vou fazer intervenção federal toda hora?”

    O PT reivindica o comando da área, de preferência com a recriação do Ministério da Segurança Pública. O argumento é que o partido de Lula precisa se associar a uma estratégia bem-sucedida de combate à criminalidade, se não quiser pagar o preço nas urnas nas próximas eleições.

    Líderes petistas ouvidos pela CNN dizem o governo falhou até agora na missão de “quebrar o mito” de que a direita é quem entende de segurança.

    O discurso vem recheado de críticas à atuação de Dino no comando da pasta, que hoje integra Justiça e Segurança Pública.

    O ataque ao ministro filiado ao PSB vem com a tese de que ele foca a ação do Ministério no Judiciário, para se cacifar para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

    As críticas de um esvaziamento da política de segurança ecoam na oposição e foram rebatidas pelo próprio Dino no fim de semana. Em uma longa postagem no X, antigo Twitter, o ministro afirmou que o Brasil tem sim uma política nacional para a área e se queixou de “injustos ataques políticos e extremismos”.

    O PSB também age nos bastidores para frear a fome do PT, mas esbarra também na disputa pela vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Dino é um dos principais cotados para assumir o posto.

    Se Dino ficar no ministério, a ordem é demandar a recriação da Segurança Pública e a entrega do novo ministério ao PT.

    Se Dino for para o STF, petistas devem trabalhar para assumir o ministério unificado. Uma das propostas do partido é que o debate contemple a criação de uma Agência Nacional de Combate ao Crime Organizado, que ficaria na estrutura do Ministério de Segurança Pública.

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