Com retomada do PIB, ‘escudo’ social deve ser desarmado dando espaço a reformas
A avaliação é da Secretaria de Política Econômica que diz que o caminho para o bem-estar dos brasileiros são medidas que consolidam o lado fiscal
Com a recuperação da atividade econômica, as políticas sociais criadas para o combate aos impactos da pandemia devem ser finalizadas, dando espaço para a retomada da agenda de reformas estruturais e do ajuste fiscal. A avaliação é da Secretaria de Política Econômica (SPE) e vem logo após a divulgação, nesta quinta-feira (3), do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que avançou 7,7%.
“O escudo de políticas sociais criado para amenizar o sofrimento econômico e social causados pela pandemia deve ser desarmado, dando espaço para a agenda de reformas estruturais e consolidação fiscal – único meio para que a recuperação se mantenha pujante”, diz nota da SPE.
Segundo a equipe econômica, o fraco crescimento do PIB nos últimos anos é uma reflexo da baixa produtividade, que, por sua vez, é consequência da má alocação de recursos na economia brasileira. “Desta forma, o único caminho que poderá gerar a elevação do bem-estar dos brasileiros serão medidas que consolidem o lado fiscal de nossa economia e corrijam a má alocação de recursos, aumentem a produtividade e incentivem a expansão do setor privado”, defende.
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A pasta acredita que a recuperação da atividade, do emprego formal e do crédito no segundo semestre de 2020 são suficientes para pavimentar o caminho para que a economia brasileira continue avançando no primeiro semestre de 2021, sem a necessidade de auxílios governamentais.
“É importante frisar que a retomada da atividade e do emprego, que ocorreu nos últimos meses, compensará a redução dos auxílios. Outro fator positivo será a melhora das condições financeiras que continuarão impulsionando a atividade, principalmente com a retomada da agenda de reformas”, argumenta no documento.
A SPE destacou ainda a forte alta da taxa de poupança, de 17,3% do PIB, no terceiro tri, uma vez que o valor foi o maior para o período desde 203. “Sinaliza que a trajetória de consumo será suavizada no começo de 2021 sem a necessidade de novos auxílios governamentais”.
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