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    Brasil defende ‘valores’ de candidatura dos EUA para comandar o BID

    Expectativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, era que país tivesse candidato próprio para comandar o banco

    Guilherme Venaglia, da CNN em São Paulo

    Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (17), o Ministério das Relações Exteriores defendeu os “valores” representados por uma candidatura dos Estados Unidos para o comando do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A expectativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, era indicar um nome brasileiro para concorrer ao comando do BID.

    “O Brasil e os Estados Unidos compartilham valores fundamentais, como a defesa da democracia, a liberdade econômica e o Estado de Direito. O Brasil defende uma nova gestão do BID condizente com esses valores e com o objetivo maior de promoção do desenvolvimento e da prosperidade na região”, escreve o Itamaraty.

    Os Estados Unidos anunciaram a candidatura de Mauricio Claver-Carone para o cargo. Carone é diretor sênior do Conselho de Segurança Nacional (NSC) e considerado um dos responsáveis pela política mais linha dura do governo Trump em relação a Cuba, Venezuela e Nicarágua. A eventual eleição do americano quebra uma tradição de escolher um nome da região para chefiar a instituição.

    O ministro Paulo Guedes havia avisado o secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin, a intenção brasileira de ter o executivo Rodrigo Xavier, ex-presidente do Bank of America no Brasil, como presidente do BID. Mnuchin, que já havia recusado se comprometer em apoiar Xavier, telefonou para Guedes para avisar da candidatura de Claver-Carone.

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    “O governo brasileiro recebeu positivamente o anúncio do firme comprometimento do governo dos Estados Unidos com o futuro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por meio da candidatura norte-americana à presidência da instituição”, diz a nota das Relações Exteriores.

    Pela política interna de rotação de presidentes do banco, candidatos do Brasil ou da Argentina são os que teriam maior chance de receber apoio significativo na eleição, que acontecerá em 2020. Com a eleição de Alberto Fernández, nome da esquerda argentina, no ano passado, o governo brasileiro avaliou que os EUA apoiariam um nome do governo Bolsonaro, alinhado a Trump.

    A eleição para a presidência do banco é feita pela assembleia de governadores da instituição, considerando a maioria do poder total de voto. Os EUA sozinhos possuem 30% do total de votos. O mandato do presidente é de cinco anos. O atual presidente é o colombiano Luis Alberto Moreno que foi eleito em 2005 e reeleito em 2010 e, novamente, em 2015.

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